Árvores de Inverno
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Árvores negras que falais ao meu ouvido,
Folhas que não dormis, cheias de febre, Que adeus é este adeus que me despede E este pedido sem fim que o vento perde E esta voz que implora, implora sempre Sem que ninguém lhe tenha respondido? Sophia de Mello Breyner Andresen
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Depois de tudo, de todos os anos e de todas as vicissitudes da vida, ainda conservava a caixa, memória e espaço inócuo, estática simplesmente no tempo. Setenta e muitos anos haviam já passado! O tempo tinha exercido sobre ele o efeito que faz uma gota de água repetidamente numa rocha — e ele não tinha a porosidade dura da pedra… Pois os lustros foram passando, lentamente, e, com o decorrer do tempo, cada vez mais alheio, a vida continuou. Mais algum pouco que meio século e o momento era exacto: sobrara apenas, e já muito, a caixa com o ás de copas gravado no metal da tampa. Mais que envelhecido, apodrecido, mas tendo em si a nostalgia da vida, pegava, trémulo, na caixa selada por fita-cola preta. A sua mulher, vaga memória, permanecia sempre nos seus gestos como parte de si, mas desapercebida. Os filhos, todos marcados pela morte, estavam enterrados no fundo da sua alma. Não estavam mortos para ele, mas sim adormecidos nos confins da eternidade. Um dia pedira a sua mãe afincadamente
Persuasão
O último grande romance de Jane Austen O romance é sobre a consistência do amor, que também pode prevalecer por anos e contra todas as resistências. A história se passa em 1814 no condado de Somersetshire. Passaram-se oito anos desde que Anne Elliot foi persuadida pelo seu pai a rejeitar a proposta de casamento de Frederick Wentworth. A partir de então, Anne viveu sem alegria na mansão de seu pai, enquanto Wentworth se tornou um oficial naval rico e cosmopolita. Quando um dia ambos se encontram novamente, uma abordagem tímida começa, que culmina numa das declarações de amor mais originais da literatura mundial. Jane Austen (16.12.1775 Steventon - 18.7.1817 Winchester) é uma das escritoras britânicas mais importantes de todos os tempos, que publicou os seus romances anonimamente sob o título "por uma senhora". As principais obras de Austen, como Orgulho e Preconceito e Emma, estão entre os clássicos da literatura inglesa. No centro do seu trabalho literário é muitas vezes a r
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Árvores tristes, nuas, despidas, agora que a Primavera está chegando?
AntwortenLöschenOu queres homenagear a Sophia, ou queres espalhar males que te vão lembrando...
Gostei das fotos e do poema.
Talvez essas árvores já estejam cobertas de bonita ramagem.
Boa noite, Teresa.
Homenagear a SOPHIA, publicando a sua POESIA
LöschenAs árvores da colagem continuam negras, nuas, despidas.
Mas de braços erguidos à espera da Primavera 🌿
Boa noite, Janita.
Árvores, todas elas, gosto delas.
AntwortenLöschenGosto de observar e fotografar árvores
LöschenMesmo as negras, nuas, despidas
Sou árvore
AntwortenLöschende folha perene
te pergunto a ti
porque não me vejo aí ?
(se vires a Sophia
dá-lhe um beijo meu)
Valeu?
A Sophia me segredou que tu és uma árvore de Abril.
LöschenO Dia da Árvore em Portugal é em março (aqui é em setembro) e esse poema é lido em muitas escolas portuguesas.
AntwortenLöschen“... o sujeito poético teme a perda das cansadas árvores, assim como os danos que possam ocorrer em toda a paisagem...”
O Dia da Árvore — Tag des Baumes — na Alemanha é em 25 de Abril.
LöschenAs árvores têm destaque especial na poesia de Sophia.
Por aqui já estão muito mais viçosas.
AntwortenLöschenEste sábado é dia de "mudança de uniforme" que as roupas de Inverno já não se aguentam.
Por aqui as árvores continuam negras, nuas, despidas.
LöschenAs roupas de verão continuam guardadas nas gavetas.
Tão fora do seu habitual mas bonito na mesma!
AntwortenLöschenAbraço
Sophia, “para quem as árvores eram poesia”, tem direito a uma árvore com o seu nome na Avenida das Tílias, nos jardins do Palácio de Cristal, da cidade invicta.
LöschenUm poema muito bem escolhido. Amei :)))
AntwortenLöschen-
Fome de viver, de respirar ...
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Beijos e um dia feliz!. :)
„A árvore antiga
LöschenQue cantou na brisa
Tornou-se cantiga“
A fome de Sophia era de respirar o mar...
Sophia *-*
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