Ao ler a nota dos agradecimentos, fiquei a saber que a ideia de O jogo de Ripper resultou de uma ideia frustrada de escrever um policial a quatro mãos com o marido, Willie C. Gordon, o seu companheiro no amor e no crime. Confesso que os romances de Isabel Allende não me entusiasmam muito. Não gosto da mística das sagas e da aura espiritual das suas personagens, ou, mais precisamente, do seu realismo mágico. Ripper é um jogo que envolve cinco adolescentes e Blake Jackson, avô de Amanda, reunidos via Skype, para desvendar enigmas criminais. A mestra do jogo é Amanda Martín, uma garota que vive em São Francisco, filha de Bob Martín, o inspector-chefe do Departamento de Homicídios da cidade, e de Indiana Jackson que trabalha na Clínica Holística. O 18º romance de Isabel Allende não é realmente um policial, ou um thriller, embora tenha um toque de mistério e momentos de grande tensão perto do fim, quando Indiana — a personagem mais Allendesca — cai nas mãos do criminoso. É mu