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Es werden Posts vom November, 2021 angezeigt.

Adeus Novembro!

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Agora, quieto, pasmado libertado Adeus, novembro! Os pássaros de inverno estarão comigo em dezembro

1° Domingo de Advento

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Quatro domingos antes da chegada do Natal, inicia-se a época do Advento.  É a época de renovar os sentimentos, deixar para trás as tristezas, colocar as coisas em ordem, arrumar e limpar a casa, um período de expectativa e de alegria   pela chegada do Menino ... e dos presentes. Que o espírito do Advento  faça de cada lágrima um sorriso da amargura a consolação e do meu coração uma casa aberta para receber todos os que me rodeiam Vacinados ou não  Os concertos de Advento são verdadeiros momentos de felicidade e de descontração. Hoje às 16 horas, assisto   ao 1º concreto de Advento , na igreja luterana Kreuzkirche em Düsseldorf, concerto que se realiza tradicionalmente no 1º Domingo de Advento. O ano passado o concerto foi cancelado. Este ano, tem lugar sem a participação do coro. Mergulhem na magia do Advento 🕯

Pressão aumenta sobre os não-vacinados

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No país dos poetas e dos filósofos os não vacinados são os inimi gos públicos Nº 1, enquanto que a   Alemanha debate vacinação obrigatória em meio a nova onda de Covid-19. Em Agosto escrevi que o s céticos da vacina —  os tubarões que brilham no horizonte  — evocam os seus direitos à liberdade pessoal, arriscando assim a restrição  da nossa liberdade. Embora  esses pseudo-heróis da liberdade me irritem, sou contra a sua perseguição e contra a vacinação obrigatória.  Há sintomas graves de fragilização da democracia, quando o partido  Bündnis 90/Die Grünen quer que  os vacina dos rompam o contacto com os não vacinados, sejam eles familiares ou amigos.  Algum mal sério está escondido na Alemanha. Omicron: nova variante detectada na África do Sul  tem uma proteína de espigão diferente daquela do coronavírus original, na qual se baseiam as vacinas contra covid-19. Isso aumenta a preocupação de que a B.1.1.529 possa "escapar" da proteção dos imunizantes. 

Destinatário desconhecido || Kathrine Kressmann Taylor

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„A melhor acusação contra o nazismo que a ficção já produziu"  New York Times , 1939  Num ambiente quase natalício teve lugar em Düsseldorf o encontro do  Círculo Literário, sendo desta vez „ Destinatário desconhecido“  da americana Kathrine Kressmann Taylor o livro em questão. Fugindo da crise que se abateu sobre a Alemanha após a derrota na Primeira Guerra Mundial, os amigos Martin Schulse e Max Eisenstein emigram para a Califórnia, para tentar fazer fortuna com uma galeria de arte. Os negócios prosperam, mas Schulse resolve retornar à terra natal. Em novembro de 1932, começa a correspondência entre os dois amigos. A Alemanha está em convulsão social, às vésperas das eleições que levarão Adolf Hitler ao poder: tropas nazistas espalham terror nas ruas e têm início as perseguições raciais. Numa casa luxuosa em Munique, Schulse goza do conforto que seus dólares proporcionam. Seduzido pela ideologia do nazismo, o agora "ariano" Schulse corta os laços que o uniam ao amigo &

Alemanha perto da coligação governamental "semáforo"

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„Imaginem que o PS faz uma coligação com o PAN e com a IL, mas em alemão. É o novo governo da Alemanha. Por cá, tivemos uma Geringonça. Por lá, criaram a Caranguejola. Mas há várias diferenças: o SPD não se chama “socialista”, os Verdes não têm uma líder com estufas no Barreiro e os do FDP são mesmo liberais.“ Caranguejola alemã by João L Maio  Numa conferência de imprensa esta quarta-feira (24.11), a coligação chamada "semáforo" (em referência às cores dos partidos) anunciou que o SPD, a força mais votada nas legislativas de setembro, com 25,7% dos votos, vai liderar o novo Governo, com Olaf Scholz como chanceler. O acordo – o primeiro tripartido a nível federal na Alemanha –, abre um novo capítulo no país após os 16 anos de Angela Merkel no poder.  

VIDA

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Kaiserswerth, a formosa Que morto sossego Nas ruas desertas Mundos pequenos Lembram a vida que não é  Amanhã  de novo o mesmo caminho  Alheia à vida, como alheia à morte!  

INSUBMISSA || Natália Correia || Joaquim Vieira

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A RTP2 estreia nos próximos dias 24 (quarta-feira, às 23h05) e 25 de novembro (quinta-feira, às 23h35), o mais recente documentário por mim realizado (e onde assino também o guião com a escritora Filipa Martins), INSUBMISSA, sobre Natália Correia, que está dividido em duas partes: "Natália na Resistência" e "Natália na Liberdade". Recolhem-se os depoimentos de artistas plásticos, como   Nikias Skapinakis, Cruzeiro Seixas (ambos entretanto desaparecidos), Isabel Meyrelles, Manuel Cargaleiro e Gracinda Candeias, de escritores como João de Melo, Onésimo Teotónio de Almeida, Fernando Dacosta, José Manuel dos Santos, João Carlos Macedo e António Vilhena, e ainda de outras figuras que privaram com Natália ou estudaram a sua obra, caso dos músicos António Victorino de Almeida e Carlos Pereira, do encenador Carlos Avilez, do jurista (e também escritor) Álvaro Laborinho Lúcio, dos políticos João Bosco Mota Amaral e a arquiteta Helena Roseta, do antigo capitão de Abril Rodrig

Piano Tree at CSUMB

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Os meus leitores estavam  interessados na história deste piano, o artista que o colocou lá e o que lhe (ao piano) aconteceu. Muitíssimo  obrigada , CATARINA 🎶

Um piano desafinado é um piano em sofrimento

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Selma Ottilia Lovisa Lagerlöf

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Uma das maiores escritoras entre os maiores escritores da literatura de todos os tempos Selma Ottilia Lovisa Lagerlöf nasceu num recanto humilde da Suécia, em Mårbacka a 20 de Novembro de 1858 e morreu em Mårbacka a 16 de Março de 1940. Contista épica por excelência, foi a primeira mulher a receber o Prémio Nobel de Literatura, em 1909. “ A viagem maravilhosa de Nils Holgersson através da Suécia”  — poema que Selma Lagerlöf ofereceu às crianças da sua pátria — o livro que encantou a minha infância. “Quando se é novo, pensa-se geralmente como Nils. Mas, quando a idade avança e nos habituamos a contentar-nos com pouco, preferimos o Visby, que existe, à bela Vineta sepultada no fundo do mar; isto é, antes queremos a realidade, embora triste, do que a fantasia cheia de grandeza.”  

nevoeiro outonal

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Nevoeiro outonal  Vago e transparente  a desfiar nas águas do Reno Nevoeiro outonal  cinzento e estremunhado num céu embrumecido Nevoeiro outonal medroso pintor romântico e doente Embrulhada no nevoeiro  da manhã  durante o meu passeio em Kaiserswerth  fotografei o que vi escrevi o que senti 

Berg: Violin Concerto "To The Memory Of An Angel" - 2. Allegro - Adagio

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Os Amantes de Novembro

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Calmamente correm as águas do Reno Na noite branca de Novembro   Tenho frio As folhas do Outono húmidas coladas aos meus saltos altos   Sinto que tropeço na calçada da cidade velha  Entras em cena Estátua lindíssima e serena Teus olhos descem sobre mim Jongleur de palavras tu   atiras palavras elogiosas ao ar   e caiem todas no devido lugar Teu corpo marfim faz estremecer o travo sensual   das minhas entranhas Quando o dia nascer Somos nós os dois Os amantes de novembro   Com um quarto para o amor

Os patos daqui desejam bom fim-de-semana aos patos daí

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389º aniversário de Johannes Vermeer

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11 de novembro de 1821

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Fiódor Dostoiévski nasceu em Moscovo no dia 11 de novembro de 1821.  Hoje, festejamos o seu 200ºaniversário.  A sua vida é cercada de episódios turbulentos, como a morte precoce dos pais, problemas financeiros e ataques epiléticos. Em 1838 entra na Escola Militar de Engenharia, em São Petersburgo. Em 1841 inicia a carreira militar.  Para pagar uma dívida, aceita traduzir “ Eugene Grandet”   de Honoré de Balzac. Em 1844 passa a dedicar-se por completo à literatura e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, “ Gente Pobre”  . A 23 de Abril de 1849 é preso  sob suspeita de conjura revolucionária por pertencer ao grupo socialista Petrashevski. Com ele, são detidos outros 122 suspeitos — todos são condenados à morte. Mas, no dia da execução, recebe a notícia de que a pena foi substituída por trabalhos forçados na Sibéria, durante quatro anos. “Recordações da Casa dos Mortos”  descreve as experiências de Dostoiévski nessa época. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1

ÁLVARO CUNHAL

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Não foi o santo que alguns louvavam nem o demónio que outros aborreciam, foi, ainda que não simplesmente, um homem. Chamou-se Álvaro Cunhal e o seu nome foi, durante anos, para muitos portugueses, sínónimo de uma certa esperança. Encarnou convicções a que guardou inabalável fidelidade, foi testemunha e agente dos tempos em que elas prosperaram, assistiu ao declínio dos conceitos, à dissolução dos juízos, à perversão das práticas. As memórias pessoais que se recusou a escrever talvez nos ajudassem a compreender melhor os fundamentos da raquítica árvore a cuja sombra se recolhem hoje os portugueses a ingerir os palavrosos farnéis com que julgam alimentar o espírito. Não leremos as memórias de Álvaro Cunhal e com essa falta teremos de nos conformar. E também não leremos o que, olhando desde este tempo em que estamos o tempo que passou, seria provavelmente o mais instrutivo de todos os documentos que poderiam sair da sua inteligência e das suas finas mãos de artista: uma reflexão sobre a g

No deserto

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No deserto Eu vi uma criatura, nua, bestial,   Que, de cócoras no chão, Segurou o seu coração nas suas mãos,   E comeu.   Eu disse: “Está bom, amigo?”   “É amargo - amargo”, respondeu ele;  “Mas, eu gosto  Porque é amargo,  E porque é o meu coração.”

TEMPO DO CORAÇÃO

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“A vida não vem ao encontro de pessoas como nós, Ingeborg, esperar que isso aconteça seria, sem dúvida, o modo de estar mais desajustado à nossa natureza.” “TEMPO DO CORAÇÃO” reúne a correspondência entre Ingeborg Bachmann e Paul Celan — mantida em segredo até 2008 – e traça um retrato de dois poetas que se debatem com a escrita, os silêncios e a procura de uma voz própria depois de Auschwitz. Este livro inclui também a correspondência trocada entre Ingeborg Bachmann e Gisèle Celan-Lestrange, mulher de Paul Celan, e entre este e Max Frisch, companheiro de Bachmann. Viena, Primavera de 1948. Na cidade ocupada pelos Aliados, cruzam-se Ingeborg Bachmann filha do professor Mathias Bachmann, que se juntou ao Partido Nazista em 1932 , e Paul Celan sobrevivente do Holocausto. Ele suicidou-se por afogamento, no rio Sena, em abril de 1970, aos 49 anos. Ela morre num hospital em Roma, com queimaduras pelo corpo, três semanas depois dum incêndio no seu quarto de hotel, em 17 de outubro de 1973. A

Die gestundete Zeit || O tempo adiado

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Vêm aí dias piores. O tempo adiado até nova ordem surge no horizonte. Em breve deves amarrar os sapatos  e espantar os cães para os charcos. Pois as vísceras dos peixes esfriaram no vento. A luz da anileira arde pobremente. Teu olhar pressente a penumbra: o tempo adiado até nova ordem desponta no horizonte. Do outro lado afunda tua amada na areia, ele sobe-lhe pelo cabelo esvoaçante, ele corta-lhe a palavra, ele ordena-lhe silêncio, ele encontra-a mortal e pronta para a despedida depois de cada abraço. Não olha para trás. Amarra teus sapatos. Espanta os cães. Joga os peixes ao mar. Anula a anileira! Vêm aí dias piores.

CORONA || PAUL CELAN

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Da mão o outono me come sua folha: somos amigos.  Descascamos o tempo das nozes e o ensinamo-lo a andar: o tempo retorna à casca. No espelho é domingo, no sonho se dorme, a boca fala verdade. O meu olho desce ao sexo da amada:  olhamo-nos, dizemo-nos coisas sombrias, amamo-nos como papoila e memória, dormimos como vinho nas conchas, como o mar no raio sangrento da lua. Entrelaçados à janela, olham-nos da rua: é tempo que saibam! É tempo da pedra dispor-se a florescer,  que a inquietação faça bater um coração. É tempo de ser tempo. É tempo

Os Amantes de Novembro

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Ruas e ruas dos amantes Sem um quarto para o amor Amantes são sempre extravagantes E ao frio também faz calor Pobres amantes escorraçados Dum tempo sem amor nenhum Coitados tão engalfinhados Que sendo dois parecem um De pé imóveis transportados Como uma estátua erguida num Jardim votado ao abandono De amor juncado e de outono. Alexandre O'Neill, in  No  Reino  da  Dinamarca