Em 2013, Roberto Merino e os alunos finalistas de Teatro da ESAP cruzaram Agamémnon de Ésquilo e As Troianas de Eurípides no palco do Teatro Carlos Alberto, num espetáculo a que deram o nome de Máquina-Tróia . Fizeram-no com a convicção de que era urgente denunciar a guerra, “essa máquina fantasmagórica viciada em sangue e ossos”. Agora, viajam ao interior de um dos reversos da guerra, jogando O Jogo do Amor e do Acaso de Pierre Carlet de Marivaux , peça que encena o amor e as suas surpresas a partir de um imprevisível e ambíguo jogo de máscaras, que é simultaneamente fonte de comicidade e de questionamento da ordem estabelecida. Comédia em três atos escrita em 1730, é um dos testemunhos vivos da genialidade dramática de um autor que é muito justamente celebrado pela sua particular “metafísica do coração”.