Árvores de Inverno
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Árvores negras que falais ao meu ouvido,
Folhas que não dormis, cheias de febre, Que adeus é este adeus que me despede E este pedido sem fim que o vento perde E esta voz que implora, implora sempre Sem que ninguém lhe tenha respondido? Sophia de Mello Breyner Andresen
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Depois de tudo, de todos os anos e de todas as vicissitudes da vida, ainda conservava a caixa, memória e espaço inócuo, estática simplesmente no tempo. Setenta e muitos anos haviam já passado! O tempo tinha exercido sobre ele o efeito que faz uma gota de água repetidamente numa rocha — e ele não tinha a porosidade dura da pedra… Pois os lustros foram passando, lentamente, e, com o decorrer do tempo, cada vez mais alheio, a vida continuou. Mais algum pouco que meio século e o momento era exacto: sobrara apenas, e já muito, a caixa com o ás de copas gravado no metal da tampa. Mais que envelhecido, apodrecido, mas tendo em si a nostalgia da vida, pegava, trémulo, na caixa selada por fita-cola preta. A sua mulher, vaga memória, permanecia sempre nos seus gestos como parte de si, mas desapercebida. Os filhos, todos marcados pela morte, estavam enterrados no fundo da sua alma. Não estavam mortos para ele, mas sim adormecidos nos confins da eternidade. Um dia pedira a sua mãe afincadamente
Que democracia queremos?
Que democracia teremos se quem votar passar a ser uma minoria? No dia da Europa e a um mês das eleições europeias é urgente pensar o fenómeno da abstenção. É já esta quinta-feira que nos sentamos com a revista Divergente e os investigadores João Bernardo Narciso e Susana Peralta, numa conversa sobre a investigação jornalística A bomba-relógio da abstenção . São cada vez mais os europeus que não votam: um quarto não participa em qualquer tipo de eleição e quase metade não vai às urnas escolher representantes para o Parlamento Europeu. A bomba-relógio da abstenção é uma investigação de jornalismo de dados onde, pela primeira vez, se confronta a abstenção de voto na União Europeia (UE) com os números da desigualdade, do desemprego e da escolaridade. Quais os países e freguesias com maior abstenção na UE? Vota-se menos onde a desigualdade é maior? Salários mais baixos significam menor participação? Ter um curso superior influencia a ida às urnas? Entre 1974 e 2023, 351 milhões de eleito
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Árvores tristes, nuas, despidas, agora que a Primavera está chegando?
AntwortenLöschenOu queres homenagear a Sophia, ou queres espalhar males que te vão lembrando...
Gostei das fotos e do poema.
Talvez essas árvores já estejam cobertas de bonita ramagem.
Boa noite, Teresa.
Homenagear a SOPHIA, publicando a sua POESIA
LöschenAs árvores da colagem continuam negras, nuas, despidas.
Mas de braços erguidos à espera da Primavera 🌿
Boa noite, Janita.
Árvores, todas elas, gosto delas.
AntwortenLöschenGosto de observar e fotografar árvores
LöschenMesmo as negras, nuas, despidas
Sou árvore
AntwortenLöschende folha perene
te pergunto a ti
porque não me vejo aí ?
(se vires a Sophia
dá-lhe um beijo meu)
Valeu?
A Sophia me segredou que tu és uma árvore de Abril.
LöschenO Dia da Árvore em Portugal é em março (aqui é em setembro) e esse poema é lido em muitas escolas portuguesas.
AntwortenLöschen“... o sujeito poético teme a perda das cansadas árvores, assim como os danos que possam ocorrer em toda a paisagem...”
O Dia da Árvore — Tag des Baumes — na Alemanha é em 25 de Abril.
LöschenAs árvores têm destaque especial na poesia de Sophia.
Por aqui já estão muito mais viçosas.
AntwortenLöschenEste sábado é dia de "mudança de uniforme" que as roupas de Inverno já não se aguentam.
Por aqui as árvores continuam negras, nuas, despidas.
LöschenAs roupas de verão continuam guardadas nas gavetas.
Tão fora do seu habitual mas bonito na mesma!
AntwortenLöschenAbraço
Sophia, “para quem as árvores eram poesia”, tem direito a uma árvore com o seu nome na Avenida das Tílias, nos jardins do Palácio de Cristal, da cidade invicta.
LöschenUm poema muito bem escolhido. Amei :)))
AntwortenLöschen-
Fome de viver, de respirar ...
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Beijos e um dia feliz!. :)
„A árvore antiga
LöschenQue cantou na brisa
Tornou-se cantiga“
A fome de Sophia era de respirar o mar...
Sophia *-*
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