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A CIDADE DE MILÃO
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As cidades são para mim como pessoas. Não sei vê-las apenas em termos de pedras, árvores, veículos, objectos. É preciso que eu lhes descubra a alma, imagine que elas me estão falando, contando como são, como foram. Sinto logo ao vê-las se me acolhem, repelem ou permanecem indiferentes. Porque as cidades têm memória e nervos, um coração que pulsa e um sangue quente a correr-lhes nas veias. Erico Veríssimo, Gato Preto em Campo de Neve
„APÚLIA O guia arqueológico“
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A região do sudeste italiano Apúlia é ainda hoje pouco conhecida pelos turistas. Nadin Burkhardt introduz os incontáveis monumentos arqueológicos, que revelam a colonização contínua desde a Idade da Pedra até à antiguidade clássica, como a influência estrangeira dos gregos e dos romanos se tornou acentuadamente perceptível na arquitetura, no artesanato e na arte.
PARA SE ESTAR SATISFEITA E ACTIVA É PRECISO NAMORAR A VIDA 🌻
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Cinema Português — O Leão da Estrela — 1947
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Nos teus anos, MÃE 🌸
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Se eu fosse poetisa Far-te-ia um poema Mãe! Breve Singelo E muito belo. Se eu fosse pintora Reproduziria Na minha tela O teu rosto Mãe! Esse rosto Lindo Gentil Airoso. O teu olhar Azul Suave Brando Melodioso. Mas não, Mãe! Eu não sou poetisa Nem sou pintora Eu não sou nada. Só tenho Para te dar O meu amor!
CANÇÃO DE MIGNON
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Conheces tu a terra, onde os limoeiros florescem, Onde no meio da escura folhagem as laranjas douradas brilham, Do céu azul uma brisa suave sopra, Onde silencioso o mirto e alto o loureiro ficam? Conhece-la bem? Aí! Aí Eu gostaria de ir contigo, minha amada. Conheces tu a casa? Sobre colunas assenta o seu telhado. Brilha o salão, brilha o aposento, Erguem-se figuras de mármore e olham para mim: O que te fizeram, pobre criança? Conhece-la bem? Ai, aí Eu gostaria de ir contigo, meu protector. Conheces tu a montanha e o seu caminho perdido nas nuvens? O mar procura na bruma o seu caminho; Nas cavernas reside a velha geração dos dragões; As rochas precipitam-se e sobre elas a corrente! Conhece-la bem? Aí! Aí Fica o nosso caminho! Ó pai deixa-nos ir!
Testemunha Muda || BUMB WITNESS
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SINOPSE Quando Emily sofre uma queda aparatosa nas escadas, todos os seus amigos culpam o cão dela. Mas Emily está convencida de que alguém quer assassiná-la. Com medo de ser alvo de uma nova tentativa, ela confessa as suas suspeitas numa carta endereçada a Hercule Poirot. Só que, quando o detetive recebe a carta, Emily já está morta. O teimoso Poirot é o único a acreditar que se trata de um crime. Mas quem teria motivos para o cometer… e capacidade de fazer com que parecesse acidental? Hercule Poirot é o personagem mais famoso de Agatha Christie. Este agente reformado da polícia belga é um detetive brilhante, pomposo e de aparência extravagante. Os seus métodos de investigação são únicos e infalíveis. Não há mistério que resista às famosas celulazinhas cinzentas de Poirot. Neste romance, somos guiados pelo fiel Capitão Arthur Hastings que nos serve de narrador. Hastings é o Dr. Watson de Hercule Poirot. Curiosamente nesta obra, Poirot e Hastings em certo momento tratam-se mesmo po
„A guerra é a saída covarde para os problemas da paz“
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Os meus brônquios
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Raramente falo de doenças, mas esta manhã soube que os meus brônquios estão inflamados. A inflamação dos meus brônquios não é a minha preocupação. A minha preocupação é que a inflamação me impeça de seguir de férias no início de Junho. E eu que já comecei a aprender italiano. Não quero que me desejem as melhoras. Quero que me desejem boa viagem. Buon viaggio!
O círculo das amantes de literatura
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No Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor falei-vos “ De levantar. Uma vida em histórias” de Helga Schubert, que estava a ler nessa ocasião e que fora o livro escolhido para o encontro de hoje do Círculo das amantes de literatura. A escritora, que recebeu o Prémio Ingeborg Bachmann no ano passado, nasceu em Berlim em 1940 e trabalhou não apenas como escritora, mas também como psicoterapeuta na RDA, identificou o cerne da sua persistência nessa experiência. Em episódios curtos, Helga Schubert conta a história de um século na Alemanha – a sua história é ficção e verdade ao mesmo tempo. Quando criança viveu entre pátrias, quando adulta esteve sob vigilância da Stasi durante mais de dez anos e tinha quase cinquenta anos quando foi eleita pela primeira vez. Mas acima de tudo é a história da reconciliação: com a mãe, uma vida cheia de resistência e consigo mesmo. A mãe de Helga Schubert explica à filha que ela realizou três feitos heróicos em sua vida: não a abortou, a levou consigo pa
Sem o Zelensky era tudo mais fácil
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O SÍTIO DOS DESENHOS — FERNANDO CAMPOS «No mesmo dia 9 de Maio, Zelensky resolveu responder à parada da Praça Vermelha desfilando sozinho numa das principais avenidas de Kiev. A cena foi patética: vestido com o habitual uniforme militar, o herói de nenhuma batalha travada, o Churchill da Ucrânia, pop star de todos os Parlamentos e descrito como um génio da comunicação, dizia a Putin que em breve iria ter dois dias da vitória para celebrar contra nenhum do russo. Há um mês, Zelensky desdobrava-se em ofertas de negociações, dizia já ter abdicado da Crimeia e da NATO e acusava o Ocidente de estar a prolongar a guerra à custa da destruição da Ucrânia. Hoje mudou radicalmente: diz que não cederá nem um centímetro de território, que está a lutar contra nazis e que só a vitória lhe interessa. O que mudou, entretanto, foi que a NATO o convenceu de que, com o apoio que não lhe faltaria, ele iria derrotar os russos e entrar para a História como o homem que venceu o Exército Vermelho, mesmo que à
Livros a Oeste vão chamar vírus à linguagem
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Entre os dias 10 a 14 de Maio, o Festival Literário Livros a Oeste está de volta à Lourinhã – e ao formato presencial. Uma edição que, este ano, apanha boleia de William S. Burroughs, escolhendo uma frase do escritor norte-americano como título: A Linguagem é um Vírus. Rui Zink, Afonso Cruz, Lopito Feijó e Mário Zambujal estão entre os 35 convidados. Novamente em carne e alma, que é como quem diz, de forma totalmente presencial, porque nada substitui o convívio desta forma, como todos bem sentimos durante este período. A décima edição consecutiva deste evento (apenas interrompido em 2020, justamente pela súbita pandemia que nos assolou) conta, mais uma vez, com uma programação variada e apelativa, trazendo dezenas de convidados para conversas e outras actividades, com o livro e a leitura no centro das atenções. O título para a edição deste ano, a célebre frase de William S. Burroughs “A Linguagem é um Vírus”, justifica-se plenamente, recordando a poderosa metáfora criada por um dos gra
5 a 7 maio | Festival Literário Douro – FLiD | Espaço Miguel Torga
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Entre os dias 5 e 7 de Maio, o Espaço Miguel Torga, em Sabrosa, vai acolher a quarta edição do Festival Literário Douro – FLiD, com a presença de dezenas de escritores. Além de conversas com autores, há também encontros de escritores com alunos da região. Nas palavras da organização do FLiD, esta edição vai juntar “um leque de escritores e personalidades do meio literário nacional e internacional”. Entre os convidados estão o timorense Luís Cardoso, vencedor do Prémio Oceanos 2021 com o livro “O Plantador de Abóboras”, e o brasileiro Salgado Maranhão, que tem um novo livro intitulado “A Cor da Palavras”. Confirmadas estão também as presenças de Abel Neves, Ana Cristina Silva, Cristina Carvalho, João Rios, José Fanha e Manuel Jorge Marmelo, entre outros. Organizado pelo Espaço Miguel Torga e com a programação de Francisco Guedes, o FLiD arranca a 5 de Maio com a ida às escolas do Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus dos escritores Manuel Jorge Marmelo e Renato Filipe Cardoso. Segue-
De idealistas amantes da paz a fãs de tanques
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Azul como expressão do ilimitado
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A flor azul aparece pela primeira vez no fragmento de Novalis do romance "Heinrich von Ofterdingen". O jovem Heinrich, que pensa na viagem, sente-se particularmente atraído pela ideia de ver a flor azul. O que isso significa é revelado mais tarde no sonho, quando ele realmente a encontra numa caverna. De todas as flores ao redor, esta é a que mais o atrai, sua fragrância enche a sala e ele até acha que vê um rosto delicado nela. Ele só é arrancado de seus sonhos quando a voz de sua mãe o chama. As possíveis interpretações do símbolo da flor azul também parecem infinitas.
250º ANIVERSÁRIO DE NOVALIS
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“O destino colocou nas minhas mãos um jovem que pode se tornar qualquer coisa", é a famosa passagem de Friedrich Schlegel sobre Novalis, que nasceu em 2 de maio de 1772 e morreu em 1801. Friedrich von Hardenberg é considerado o poeta universal do início do romantismo alemão. Sob o pseudônimo de Novalis, ele escreveu principalmente poemas e deixou para trás os fragmentos do romance "Os Aprendizes em Sais" e "Heinrich von Ofterdingen". Ele estudou na Bergakademie em Freiberg, Saxônia, que no final do século XVIII era um centro internacional de ciência da mineração, e sobretudo no romance "Heinrich von Ofterdingen" o mundo subterrâneo desempenha um papel decisivo como arsenal de sinais e placas de sinalização. O romantismo é frequentemente associado a atitudes anticientíficas. Novalis acaba com tais preconceitos: o romântico mais famoso não era apenas poeta e filósofo, mas também engenheiro de minas.
Tanz in den Mai || Dança maio adentro
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O mês de maio na Alemanha é marcado pela dança e as comemorações da chegada da primavera. A tradição de presentear a pessoa amada com galhos de árvore enfeitados com fitas permanece nalgumas regiões. Originária de rituais de fertilidade e carregada de simbologia é o Maibaum ou Árvore de Maio, que preside a "dança maio adentro", com que se dá boas vindas ao mês de Maio. Na origem, as manifestações dirigiam-se a Maia, deusa romana da fertilidade. Assim, entre a Páscoa e Pentecostes era uso saudar a primavera com cantos e instalar na praça central a Árvore de Maio, representando a Árvore da Vida. A Maibaum não servia apenas como uma prova de amor, mas também como um sinal claro para os concorrentes não se aproximarem da pessoa presenteada. Pela tradição, os homens sempre são os responsáveis por preparar a árvore de maio, exceto em anos bissextos, quando a tarefa é das mulheres.