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Beijo de Mãe | Afonso Reis Cabral
Depois de tudo, de todos os anos e de todas as vicissitudes da vida, ainda conservava a caixa, memória e espaço inócuo, estática simplesmente no tempo. Setenta e muitos anos haviam já passado! O tempo tinha exercido sobre ele o efeito que faz uma gota de água repetidamente numa rocha — e ele não tinha a porosidade dura da pedra… Pois os lustros foram passando, lentamente, e, com o decorrer do tempo, cada vez mais alheio, a vida continuou. Mais algum pouco que meio século e o momento era exacto: sobrara apenas, e já muito, a caixa com o ás de copas gravado no metal da tampa. Mais que envelhecido, apodrecido, mas tendo em si a nostalgia da vida, pegava, trémulo, na caixa selada por fita-cola preta. A sua mulher, vaga memória, permanecia sempre nos seus gestos como parte de si, mas desapercebida. Os filhos, todos marcados pela morte, estavam enterrados no fundo da sua alma. Não estavam mortos para ele, mas sim adormecidos nos confins da eternidade. Um dia pedira a sua mãe afincadamente
Persuasão
O último grande romance de Jane Austen O romance é sobre a consistência do amor, que também pode prevalecer por anos e contra todas as resistências. A história se passa em 1814 no condado de Somersetshire. Passaram-se oito anos desde que Anne Elliot foi persuadida pelo seu pai a rejeitar a proposta de casamento de Frederick Wentworth. A partir de então, Anne viveu sem alegria na mansão de seu pai, enquanto Wentworth se tornou um oficial naval rico e cosmopolita. Quando um dia ambos se encontram novamente, uma abordagem tímida começa, que culmina numa das declarações de amor mais originais da literatura mundial. Jane Austen (16.12.1775 Steventon - 18.7.1817 Winchester) é uma das escritoras britânicas mais importantes de todos os tempos, que publicou os seus romances anonimamente sob o título "por uma senhora". As principais obras de Austen, como Orgulho e Preconceito e Emma, estão entre os clássicos da literatura inglesa. No centro do seu trabalho literário é muitas vezes a r
.Maldita seja a guerra e quem a fomenta.
AntwortenLöschen.
Saudações cordiais. Um dia Feliz.
.
Guerra no Oriente Médio
LöschenApós o ataque terrorista do Hamas a Israel no dia 7 de Outubro e os golpes de retaliação de Israel são centenas de mortes e feridos de ambos os lados. Quais razões históricas e geopolíticas levaram ao conflito entre Israel e a Palestina? Não é possível ser feliz no contexto do mundo actual.
Sem dúvida que impressiona e é contra o nosso sentir o que o Hamas realizou. Mas Israel investiu imenso para obter resultados destes. Os EUA não estão inocentes do caminho que isto tomou.
AntwortenLöschenAcabou ontem na RTP 2 uma série israelita "A lição" que retrata a sociedade israelita nesta particularidade política da relação com os árabes. Percebe-se o que conduziu a este drama.
Concordo absolutamente com as suas palavras, Luís‼️
LöschenA culpa e a responsabilidade pelo ataque brutal recai sobre o Hamas.
A responsabilidade política pelo fracasso do exército israelita e dos serviços secretos recai sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Há quem diga que Netanyahu foi avisado do ataque e fez ouvidos de mercador — o ataque dá carta branca ao governo de Israel contra o povo palestino.
Em Israel, muitos perguntam se o primeiro-ministro definiu as prioridades erradas. Um foco na Cisjordânia ocupada, que o actual governo israelita reivindica com clareza sem precedentes. Na sua ligação com forças de extrema-direita. E à chamada reforma judicial, que poderia ajudá-lo no processo de corrupção e dividir Israel em termos de política interna.
Em guerras e crises, Israel se junta, também desta vez. Os reservistas que pararam o serviço por causa da reforma judicial regressaram. Por outro lado, não deve haver onda de solidariedade para com Benjamin Netanyahu. O choque com o fracasso do exército e dos serviços secretos é muito grande para isso. Ele já estava politicamente atingido por isso antes — e é para isso que a ruptura após este 7 de Outubro de 2023 muito grande.
Os responsáveis políticos israelitas (tal como o embaixador de Israel em Portugal) dizem que a sua acção não é contra o povo palestiniano mas contra o Hamas que não reconhece o estado de Israel mas, a Autoridade Palestiniana reconheceu o estado de Israel e Israel nunca reconheceu o estado palestiniano porque, efectivamente, é pela política de ocupação progressiva que têm levado à prática que têm esperança de quase fazer desaparecer o povo palestiniano.
AntwortenLöschenAnulação da assimetria entre as instituições políticas e o crime baixa as primeiras ao nível da segunda. Mísseis e bombas aumentam o ódio e reforçam o terror.
LöschenAcrescento:
AntwortenLöschen4900 palestinianos presos em Israel dos quais 1128 sem acusação. Estas realidades acabam em violência.
Não hesito em chamar terroristas os ataques bárbaros que atingiram o sul de Israel em 7 de outubro — o que não impede de ser severa com o poder israelita e alertar sobre o drama que já começou em Gaza.
LöschenInfelizmente não há um fim à vista.
AntwortenLöschenAbraço
As responsabilidades do Hamas e de Israel pelo que está a acontecer nos dias de hoje não devem nos fazer ignorar as “causas subjacentes” — o controle de dez anos do poder ocupante, como é Israel em relação a Gaza (e a Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental), feito de opressão, uso repetido da força letal, expropriação, fragmentação, aquisição ilegal de terras, narrativa criminalizante contra palestinos, incluindo grupos de direitos humanos; impunidade para colonos e forças armadas.
LöschenComo é que a agência dos serviços de inteligência dos israelitas, que se se prezam por ter uma das melhores do mundo, não anteciparam um ataque destes?
AntwortenLöschenA deliberada brutalidade e destruição por parte de Hamas são atos terroristas sem perdão.
Para alguns, o ataque até pode ser explicável, mas moralmente.... totalmente indefensável.
E, mais uma vez, serão os israelitas e os palestianos inocentes que mais sofrerão nesta guerra.
Li, não sei onde, que “A violência de Hamas não representa, de forma nenhuma, a visão/os ideais dos palestinianos."
Quanto a Shakespear, ele bem demonstrou que a vingança tem repercussões destrutivas e que afeta, maioritariamente, os inocentes.
E quanto a Confúcio, na sua grande sabedoria, diz-nos que nos estamos a condenar a nós próprios juntamente com a pessoa (ou pessoas) da qual nos queremos vingar. Grande verdade!!
Também gosto deste pensamento de Confúcio - e sigo! – “O homem superior (e eu acrescento “a mulher superior") atribui a culpa a si próprio(a); o homem (a mulher) comum, aos outros. O silêncio é um amigo que nunca trai.”
Embora o ataque dos militantes em 7 de outubro tenha sido inesperado, ele ocorreu num momento de crescentes tensões israelo-palestinianas.
LöschenEste ano foi o mais mortal já registrado para os palestinos que vivem na Cisjordânia ocupada por Israel, o que poderia ter motivado o Hamas a atacar Israel com um ataque espetacular.
O Hamas também pode ter procurado marcar uma vitória de propaganda significativa contra Israel para aumentar a sua popularidade entre os palestinos.
Acredita-se que o facto de ter levado tantos reféns israelitas cativos foi projectado para pressionar Israel a libertar alguns dos 4.500 palestinos mantidos em prisões israelitas — uma questão altamente emotiva para todos os palestinos.
Há também especulações de que o ataque foi orquestrado pelo Irão — embora o Líder Supremo do Irão tenha negado o envolvimento do seu país.
O Irão e o Hamas também se opõem firmemente à crescente perspectiva de um acordo de paz histórico entre Israel e a Arábia Saudita.
Isso pode ser frustrado se a resposta militar de Israel aos ataques do Hamas provocar raiva generalizada no mundo árabe.
Corrijo: “A violência de Hamas não representa.... DA MAIORIA... dos palestinianos.
AntwortenLöschenHá palestinianos || palestinos que não aceitam a violência do Hamas.
LöschenConheço também judeus que não aceitam a brutalidade do governo israelita‼️
Perante o teu uso de palestino/palestiniano, e, por curiosidade, digo que os termos “palestino e palestiniense” são os que se usam no Brasil. Em português europeu, ou português de Portugal, e nos outros países de língua oficial portuguesa, usa-se “palestiniano”. : )
LöschenDetesto o português do Brasil, todavia há palavras portuguesas usadas pelos brasileiros que eu prefiro às usadas em Portugal — uma dessas palavras é por exemplo PALESTINO. Não acho nenhuma graça ao „palestiniano“ — uma palavra demasiado longa.
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