Stella. Uma Vida.

 


Jannis Niewöhner como Rolf Isaakson, Paula Beer como Stella Goldschlag Foto: Olczyk Jurgen

Ontem foi o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e celebra-se o 79º aniversário da libertação de cerca de 7.000 sobreviventes que ainda permaneciam no campo, criado em 1940 e onde terá sido exterminado mais de um milhão de pessoas.

Hoje vi »Stella. Uma vida.", inspirada numa história de vida verdadeira, conta a história de tirar o fôlego e angustiante de uma jovem que - confrontada com o sistema brutal de um estado criminoso - não encontra outra saída a não ser trair os outros e, portanto, também a si mesma. O papel-título foi assumido pela actriz excepcional Paula Beer, que mais uma vez impressiona com o seu jogo multifacetado e com a sua interpretação corajosa da personagem.
A jovem judia Stella Goldschlag (Paula Beer) cresce em Berlim nos anos trinta e sonha em fazer carreira como cantora de swing. Com a tomada do poder pelos nazistas, a sua vida é mergulhada no caos. Ao tentar obter cartões de comida, ela conhece o falsificador de passaportes judeus Rolf (Jannis Niewöhner) e apaixona-se por ele. Os dois tornam-se uma dupla sem escrúpulos no Mercado Negro de Berlim até serem traídos em 1943 e presos pela Gestapo. Para salvar a si mesma e os seus pais (Katja Riemann e Lukas Miko) da deportação, Stella começa a trabalhar para a Gestapo. Ela deve rastrear e denunciar os judeus.

A época do nacional-socialismo oferece sempre novo material para filmes.
A produção britânica "Stella. Uma vida",  aborda um problema não unidimensional do tempo da tirania e da perseguição aos judeus após um incidente real — a denunciação de judeus por judeus.

Kommentare

  1. Um trauma para as vítimas e seus descendentes. Um trauma para os agressores e seus descendentes. Atenção, há mais vítimas e agressores mas ao contrário.

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    1. „Atenção, há mais vítimas e agressores mas ao contrário.“ é uma referência ao desprezo pela vida dos civis palestinianos, bem patente no bombardeamento e na invasão de Gaza.

      Holocausto, trauma e memória é o tema desta publicação.

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  2. É bom relembrar estes momentos negros quando crescem as vozes que os negam.
    Boa semana

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    1. Teresa Palmira Hoffbauer1/29/2024

      O estado alemão deve combater todas as formas de anti-semitismo, propaganda terrorista e misantropia.

      Boa semana 🍀

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  3. As críticas têm sido muito positivas pelo que li.
    Creio que foi um dos filmes do Festival Internacional de Toronto no ano passado.

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    1. Teresa Palmira Hoffbauer1/29/2024

      Kilian Riedhof permanece vago. Embora ele seja um realizador, que sempre pesquisa meticulosamente e tem preocupações sociais, o que ele nos dá agora com "Stella. Uma vida." é de uma jovem divertida e ambiciosa que canta num combo de jazz, e sonha com uma grande carreira. Em casa, por outro lado, a mãe resoluta tenta convencer o pai judeu a mobilizar contactos para que a família possa deixar o país. Stella não se importa, ela só quer viver a sua vida. Ligeiramente arrogante, uma personalidade com traços obviamente narcisistas. Ela parece ter pouco a ver com a fé e a cultura judaica. Loira e de olhos azuis, ela não se encaixa no cliché odiado dos nazistas e pode flertar livremente com todos, mesmo com oficiais da SS.

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  4. Não vi o filme, mas o tema é sempre atual (ou deve ser).
    Boa semana querida amiga Teresa.
    Um abraço.

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    1. Teresa Palmira Hoffbauer1/29/2024

      O 27 de Janeiro é o dia em que Auschwitz-Birkenau foi libertado em 1945.
      Na Alemanha, o dia da comemoração das vítimas do nacional-socialismo tem sido um dia de comemoração legalmente ancorado desde 1996.

      Abraço da aldeia do Düssel que começou a semana com um dia primaveril.

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  5. Muito gostaria de o ver.

    Abraço

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    1. Teresa Palmira Hoffbauer1/29/2024

      Stella. Uma Vida.
      Um ferro muito quente — abordado com muito cuidado e pouca profundidade.

      Abraço da aldeia do Düssel.

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  6. Na minha terra e desde os meus 15/16 anos li tudo o que havia sobre o assunto. Uma pilha de livros e não acabei o último : "Médicos Malditos" não recordo o autor. Todos foram pulverizados pela guerra civil que vivi in loco o que agora se vê nas guerras malditas em curso.
    Já aqui fui ao cinema ver "A lista de Schindler" e saí a meio por não anguentar a angústia de quem sofreu e ainda sofrem nas malditas guerras!
    Um abraço

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    1. Teresa Palmira Hoffbauer1/29/2024

      Auschwitz e a Shoa são únicos na história da humanidade.
      O dia 27 de Janeiro lembra esse crime da humanidade e nos exorta a fazer tudo para nunca mais permitir o anti-semitismo e o ódio aos judeus.

      Abraço da aldeia do Düssel.

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  7. Deve ser um filme bem interessante, até porque aborda um tema raramente focado : os judeus que colaboraram com os nazis.

    Recordemos todas as vítimas do nazismo : ciganos, opositores políticos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, prisioneiros de guerra, judeus, negros, .......

    Te abraço com voto de excelente semana, minha amiga de tão longe.

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    1. Teresa Palmira Hoffbauer1/29/2024

      Após o massacre do Hamas no dia 7 de outubro ficou claro mais uma vez o quão forte o anti-semitismo ainda está vivo na população alemã com raízes muçulmanas.
      É também por isso que é responsabilidade da nossa geração manter viva a memória dos assassinados do Holocausto, isso significa combater a agitação e o anti-semitismo de todas as formas hoje..

      Abraço-te, São, lembrando-te que vivo no país do Holocausto e nem sei mesmo, se os meus filhos são descendentes de nazistas pelo lado paterno.

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