Depois de tudo, de todos os anos e de todas as vicissitudes da vida, ainda conservava a caixa, memória e espaço inócuo, estática simplesmente no tempo. Setenta e muitos anos haviam já passado! O tempo tinha exercido sobre ele o efeito que faz uma gota de água repetidamente numa rocha — e ele não tinha a porosidade dura da pedra… Pois os lustros foram passando, lentamente, e, com o decorrer do tempo, cada vez mais alheio, a vida continuou. Mais algum pouco que meio século e o momento era exacto: sobrara apenas, e já muito, a caixa com o ás de copas gravado no metal da tampa. Mais que envelhecido, apodrecido, mas tendo em si a nostalgia da vida, pegava, trémulo, na caixa selada por fita-cola preta. A sua mulher, vaga memória, permanecia sempre nos seus gestos como parte de si, mas desapercebida. Os filhos, todos marcados pela morte, estavam enterrados no fundo da sua alma. Não estavam mortos para ele, mas sim adormecidos nos confins da eternidade. Um dia pedira a sua mãe afincadamente
Obrigado.
AntwortenLöschenExpresso abertamente a minha gratidão pelo consentimento desta publicação.
LöschenEstou a reler!
AntwortenLöschenem voz alta
por ordem
da Minha Alma
Trata-se de uma tarefa realizada por um indivíduo com uma alma poética.
LöschenEu, que ainda estou de pantufas, senti-me a caminhar sobre o Outono!
AntwortenLöschenAbraço
Hoje de manhã caminhei sobre um outono frio, chuvoso, triste — não de pantufas, mas de botas de inverno ❄️
LöschenAbraço ainda outonal 🍂
Cinco simples linhas sobre o Outono.
AntwortenLöschenGostei!
Um abraço, Teresa.
A beleza está na simplicidade.
LöschenAbraço outonal 🍂
Gostei muito.
AntwortenLöschenAbraço e saúde
Caminhar tranquilamente quando as folhas flutuam 🍂
LöschenAbraço ainda outonal 🍁
Lindo de ler.
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Feliz fim de semana.
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Poema: “ No silêncio das madrugadas “
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No silêncio das madrugadas caminho sobre as folhas húmidas 🍃 do outono alemão.
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