Novo "universo cinematográfico" de Hercule Poirot 🎥
Não tive a oportunidade de ver „Morte no Nilo“ nas salas escuras do cinema. Tive essa oportunidade esta noite num ecrã que ocupava quase a parede toda. Uma familiar portuense detestou este filme e aconselhou-me a não o ver. Em primeiro lugar não dou nem sigo conselhos. Em segundo lugar eu não li o livro. Claro que vi as versões cinematográficas anteriores. Kenneth Branagh retorna ao papel de Hercule Poirot cinco anos depois de Um Crime no Expresso do Oriente“, com o mesmo tom excêntrico da adaptação anterior, mas, por conhecermos agora o seu passado, há uma sensação de maior profundidade e proximidade com o personagem. O jovem Hercule Poirot (um Kenneth Branagh rejuvenescido digitalmente) perambula pela guerra de 1914-1918 em preto e branco, descobrindo cadáveres e terminando o prólogo numa imagem digna de filmes de terror. Baseado na obra de Agatha Christie, „Morte no Nilo“ dispensa qualquer pitada de novidade, embora Kenneth Branagh tenha dado uma versão mais moderna à história, a que eu chamo criatividade. Ambientado na década de 1930, „Morte no Nilo“ começa quando Jacqueline apresenta o noivo, Simon à melhor amiga, a herdeira riquíssima Linett. Assim que Linett coloca os olhos em Simon, uma faísca se acende. Há um potencial erótico surpreendente e inesperado de sexo e morte logo no início do filme. Jacqueline de Bellefort (Emma Mackey) e Simon Doyle (Armie Hammer) dançam numa pista, no meio de dezenas de convidados. As posições são tão explicitamente sexuais, com direito a gemidos e respiração ofegante, que poderiam chocar os rígidos costumes da aristocracia dos anos 1930 — mas não chocam.
Ainda não vi o filme e por essa razão não me posso pronunciar. Mas vi o filme anterior em que o Kenneth Brannagh (actor que admiro) oferece uma nova vida a Hercule Poirot e não gostei, tenho sempre na memória o Albert Finney e o David Suchet, para além de ter lido todas as aventuras do detective belga escritas por Agatha Christie, porque as que andam por aí assinadas por outros recuso-me a ler. Quando tiver oportunidade irei ver o filme. Bom fim-de-semana!
Vi „Um Crime no Expresso do Oriente“ nas salas escuras do cinema com um Hercule Poirot diferente do Poirot interpretado por Albert Finney, Peter Ustivov ou David Suchet. Nessa altura, concordei que o filme de 1974 era o melhor. Mais tarde, quando o vi novamente na TV já gostei. Confesso que o novo "universo cinematográfico" de Hercule Poirot 🎥 me agrada. Sempre fui uma grande admiradora do Kenneth Branagh e da sua ex-mulher Emma Thompson. Tenciono ver o seu último filme „Boa Sorte, Leo Grande“ na próxima semana nas salas escuras de um cinema em Düsseldorf.
O da morte de uma pessoa muito amada nos mergulha, de novo, num abismo. A ferida profunda que nos causou a perda sofrida ainda não está curada. Lágrimas de tristeza têm um sabor amargo; mas, como diz um ditado, também limpam a alma; e tornam a dor interior mais suportável. O Muro das Lamentações no relâmpago de uma oração ela cai. Deus é um oração longe longe de nós. Nelly Sachs Mozart: Requiem – Lacrimosa
Depois de tudo, de todos os anos e de todas as vicissitudes da vida, ainda conservava a caixa, memória e espaço inócuo, estática simplesmente no tempo. Setenta e muitos anos haviam já passado! O tempo tinha exercido sobre ele o efeito que faz uma gota de água repetidamente numa rocha — e ele não tinha a porosidade dura da pedra… Pois os lustros foram passando, lentamente, e, com o decorrer do tempo, cada vez mais alheio, a vida continuou. Mais algum pouco que meio século e o momento era exacto: sobrara apenas, e já muito, a caixa com o ás de copas gravado no metal da tampa. Mais que envelhecido, apodrecido, mas tendo em si a nostalgia da vida, pegava, trémulo, na caixa selada por fita-cola preta. A sua mulher, vaga memória, permanecia sempre nos seus gestos como parte de si, mas desapercebida. Os filhos, todos marcados pela morte, estavam enterrados no fundo da sua alma. Não estavam mortos para ele, mas sim adormecidos nos confins da eternidade. Um dia pedira a sua mãe afincadamente
Vi este filme.
AntwortenLöschenE qual é a tua opinião, Catarina?!
LöschenAinda não vi o filme e por essa razão não me posso pronunciar. Mas vi o filme anterior em que o Kenneth Brannagh (actor que admiro) oferece uma nova vida a Hercule Poirot e não gostei, tenho sempre na memória o Albert Finney e o David Suchet, para além de ter lido todas as aventuras do detective belga escritas por Agatha Christie, porque as que andam por aí assinadas por outros recuso-me a ler. Quando tiver oportunidade irei ver o filme.
AntwortenLöschenBom fim-de-semana!
Vi „Um Crime no Expresso do Oriente“ nas salas escuras do cinema com um Hercule Poirot diferente do Poirot interpretado por Albert Finney, Peter Ustivov ou David Suchet. Nessa altura, concordei que o filme de 1974 era o melhor. Mais tarde, quando o vi novamente na TV já gostei. Confesso que o novo "universo cinematográfico" de Hercule Poirot 🎥 me agrada. Sempre fui uma grande admiradora do Kenneth Branagh e da sua ex-mulher Emma Thompson. Tenciono ver o seu último filme „Boa Sorte, Leo Grande“ na próxima semana nas salas escuras de um cinema em Düsseldorf.
LöschenNão vi o filme, mas li a obra quando a minha idade ainda se escrevia com um só digito :)
AntwortenLöschenAbraço, Teresa!
Conheço todos os filmes baseados na obra de Agatha Christie.
LöschenSomente li quatro livros e apenas um com o Hercule Poirot.
Abraço cinematográfico 🎥 Maria João!!