Jo Nesbø: Ciúmes
“Oh, beware, my lord, of jealousy; It is the green-ey’d monster, which mock the meat it feeds on.” William Shakespeare, Othello Tal como acontece com tantas emoções humanas, William Shakespeare já disse tudo o que há para saber sobre o ciúme. E como ele transmite isso! A sua tragédia »Otelo« tem cativado milhões de espectadores por horas a fio desde 1603, dando a jovens e velhos, ricos e pobres, emoções iguais, espanto e comoção. O que o ciúme faz com uma pessoa? O que pode desencadear esse sentimento? Quais são as ações que o ciúme pode levar alguém a fazer? Alguns consideram o ciúme prova de amor, mas a maioria considera o ciúme puramente diabólico. Essas são as questões que Jo Nesbø explora nos sete contos de maneiras muito diferentes. O mais longo é simplesmente chamado de »Ciúme« O investigador ateniense Nikos Balli, que é especialista no motivo de assassinato por ciúme investiga na ilha de Kalymnos o desaparecimento de Julian. Ele e o seu irmão gémeo Franz estão apaixonados pela
Ainda é um tema tabu para muita gente na sociedade ocidental. Falar sobre outras sociedades lá mais para leste é pr’a esquecer.
AntwortenLöschenContinua a existir o uso de muitos eufemismos e muita gente experiencia psicodramas sobre tudo o que se relaciona com sexo, aliás, sobre conversas relacionadas com o assunto. Sinal de que ainda não há a abertura e o à vontade que só traria maiores benefícios quanto à intimidade de cada um.
E o problema começa logo quando as crianças são pequenas, quando os pais, pouco seguros de si, denominam as partes anatómicas íntimas das crianças com os nomes mais incríveis. Falar sobre sexo, nem pensar. Um dia estava a falar com uma mãe portuguesa, dos Açores, que se queria referir às partes privadas da filha pequena. Como não se estava a falar sobre esse assunto, e a “gíria” que usou me era desconhecida, tive que pedir esclarecimento. O esclarecimento não me foi dado, mas perante as frases que foram proferidas a seguir, lá consegui entender.
E a propósito, já devolvi o livro de Annie Ernaux, “Getting Lost” ou “Se Perdre”. Não o acabei de ler. Não por puritanismo. : )) Mas sinceramente, cheguei a meio do livro e estava cansada. Muito repetitivo, como são as emoções que causam sofrimento e ansiedade. Ela tem 48 anos e ele, diplomata russo, casado, tem 30 e poucos. Não filtrou os seus pensamentos, os seus constantes desejos, as suas ações, o seu comportamento e obsessão sexual quase patológica. : )) Uma mulher moderna, que nos anos de 1980s não sofreu de nenhum “constrangimento” para se expressar abertamente.
Este comentário já vai longo... agora é que reparei... Mas vou enviá-lo na mesma.
Felicitações pelo teu excelente comentário, Catarina!!
LöschenVivemos numa sociedade paralela. Enquanto que no ambiente onde vivo os tabus sejam relativamente suaves e as crianças bem esclarecidas, em famílias alemãs com raízes estrangeiras já o caso muda de figura. Os muçulmanos vivem na idade da pedra, não digo na idade média, porque nessa época os muçulmanos eram progressivos.
Li somente o livro que lançou Annie Ernaux à fama „O LUGAR“
Falar sobre sexo ainda é tabu.
AntwortenLöschenMas tudo anda à volta do sexo, como diria Freud...
A frase inicial é lapidar. Mas pode ser interpretada como um incentivo à poligamia... que não tem nada de mal, para quem a aceite.
Boa semana.
Um abraço.
Especialmente numa sociedade fechada e católica como é a sociedade portuguesa.
LöschenA frase lapidar de Eva Berghmans não é um incentivo à poligamia.
E sim, um incentivo à consumação do desejo através da liberdade do corpo e dos poderes da imaginação lúcida.
Não é, nem de longe, um dos meus temas favoritos, mas não teria problema nenhum em transformá-lo em matéria-prima se não soubesse muitíssimo bem que todos os poemas que eu criasse sobre sexo iriam ser lidos como mensagens pessoais.
AntwortenLöschenAbraço, Teresa!
Como eu gostaria que a Maria João transformasse este tema em matéria-prima.
LöschenAbraço das margens do rio Reno.
Ou pensamos que deveríamos ter feito!
AntwortenLöschenAbraço
Ao ler o teu comentário, Leo, lembrei-me do filme 🎥 „Boa Sorte, Leo Grande“.
LöschenNancy Stokes é uma professora que acabou de se aposentar.
Apesar de ter tido uma vida satisfatória, ela nunca fez um sexo digno de chamar de bom.
Então, ela contrata um jovem trabalhador do sexo num quarto de hotel.
Leo sabe o que faz e sabe que faz bem o seu trabalho.
Muito interessante. Realmente existe muito receito ou tabu, para falar sobre sexo. Gostei do texto. Obrigada.
AntwortenLöschen-
Existem pensamentos entrelaçados
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Beijos e uma excelente semana
Existem pensamentos eróticos nas mentes femininas.
LöschenO perigo é a vulgarização do tema, o excesso favorece os preconceituosos e os puritanos.
AntwortenLöschenTODOS os temas correm o risco da vulgarização.
LöschenFalar sobre sexo? ADORO, lol
AntwortenLöschen.
Uma semana feliz … Cumprimentos poéticos.
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Trata-se de uma conversa honesta sobre sexo, Ricardo!!
LöschenNÃO se trata de uma conversa voyeurista!!
Muito bom, Teresa. Bora lá conversar sobre sexualidade, sem pruridos ou falsos pudores.
AntwortenLöschenConcordo com a opinião do Luis.
Beijo, boa semana.
Embora a sociedade alemã seja mais aberta do que a sociedade portuguesa, alguns dos membros do Círculo Literário ficaram chocados com as descrições sexuais de Michel Houellebecq no seu livro „Submissão“.
LöschenTODOS os temas correm o risco da vulgarização!!
Beijo da Teresa daqui para a Teresa daí 🌸