Os Amantes de Novembro



Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes são sempre extravagantes
E ao frio também faz calor


Pobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tão engalfinhados
Que sendo dois parecem um

De pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.


Alexandre O'Neill, in No Reino da Dinamarca


 

Kommentare

  1. Um grande poeta. Uma bela fotografia.

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    1. Embora haja algo de podre No Reino da Dinamarca de O’Neill, é um livro surpreendente — e a bela fotografia, que infelizmente não é da minha autoria, mostra a rua dos amantes, sem um quarto para o amor…

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  2. Não conhecia, gostei e enquanto lia pensei que seria dele.

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    1. É fácil de reconhecer a poesia marcante de Alexandre O'Neill.

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  3. Feliz mês de Novembro, Teresa.

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    1. Novembro é um mês cheio de oportunidades que irei aproveitar — caso não haja novamente “lockdown” 🍁

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  4. Gosto muito da poesia de O`Neill.

    Feliz Novembro, Teresa :)

    Forte abraço!

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    1. É o seu mês, Maria João, mas é tão frio e húmido...
      Hoje aqui 🇩🇪 brilha o sol.

      Alexandre O'Neill acompanhou-me na minha juventude, que entretanto esqueci, até encontrar “No Reino da Dinamarca” na minha estante.

      Continuação de um feriado em poesia 🍁

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  5. "Não deixes na noite sofrer quem ama
    Ó rosto de lua, meu amor!
    Tu, que és luminescência e chama,
    Tu, que és o meu sol, o meu ardor!"
    Teresa, não resisti a deixar-te estes versos que sublinhei no livrinho luminoso de Hermann Hesse «O último verão de Klingsor».
    Conheço mal, muito mal, a obra de Alexandre O'Neill, mas gostei muito do poema e da imagem que compartilhas.
    Beijo, excelente Novembro.

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    1. Já fui o sol e o ardor do meu amante de novembro
      Com um quarto para o amor 🤍

      Esbarrei com a obra literária do Hermann Hesse logo no início da minha entrada no país dos poetas e filósofos.

      Beijo da amiga daqui para ti 🍂

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