Depois de tudo, de todos os anos e de todas as vicissitudes da vida, ainda conservava a caixa, memória e espaço inócuo, estática simplesmente no tempo. Setenta e muitos anos haviam já passado! O tempo tinha exercido sobre ele o efeito que faz uma gota de água repetidamente numa rocha — e ele não tinha a porosidade dura da pedra… Pois os lustros foram passando, lentamente, e, com o decorrer do tempo, cada vez mais alheio, a vida continuou. Mais algum pouco que meio século e o momento era exacto: sobrara apenas, e já muito, a caixa com o ás de copas gravado no metal da tampa. Mais que envelhecido, apodrecido, mas tendo em si a nostalgia da vida, pegava, trémulo, na caixa selada por fita-cola preta. A sua mulher, vaga memória, permanecia sempre nos seus gestos como parte de si, mas desapercebida. Os filhos, todos marcados pela morte, estavam enterrados no fundo da sua alma. Não estavam mortos para ele, mas sim adormecidos nos confins da eternidade. Um dia pedira a sua mãe afincadamente
Um bom devaneio.
AntwortenLöschenÉ um devaneio de 2007.
LöschenBoa noite:- Gostei muito deste devaneio. Elogiável o seu bom gosto musical.
AntwortenLöschen.
* Queria abraçar-te ... meu amor *
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Cumprimentos poéticos.
Como vês, Gil, o meu gosto musical tem várias opções, não gosto só de ópera.
LöschenEntão, abraça o teu amor 💓 no momento presente e não numa outra vida.
😘 desejando-te uma boa noite.
Não conhecia, mas gostei muito :)
AntwortenLöschenr: Ouvir rádio sem a parte musical não combina comigo. Apesar de adorar segmentos como o Cala-te Boca, tenho que ouvir mais música que conversa
É um álbum de 2007.
LöschenEu gosto mais de conversa | palavras poéticas do que de música. Prescindo é de entrevistas.
Ouve-se bem...logo, é um óptimo DEVANEIO!!
AntwortenLöschenBons sonhos, Teresa! :)
Noite de devaneio musical 🎵🎵🎵
LöschenTambém te desejo sonhos maravilhosos, JANITA.
Entra facilmente no ouvido e faz bater o pézinho.
AntwortenLöschenNão estou a bater com o pé, Pedro, estou a rir com o comentário 😉
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