Depois de tudo, de todos os anos e de todas as vicissitudes da vida, ainda conservava a caixa, memória e espaço inócuo, estática simplesmente no tempo. Setenta e muitos anos haviam já passado! O tempo tinha exercido sobre ele o efeito que faz uma gota de água repetidamente numa rocha — e ele não tinha a porosidade dura da pedra… Pois os lustros foram passando, lentamente, e, com o decorrer do tempo, cada vez mais alheio, a vida continuou. Mais algum pouco que meio século e o momento era exacto: sobrara apenas, e já muito, a caixa com o ás de copas gravado no metal da tampa. Mais que envelhecido, apodrecido, mas tendo em si a nostalgia da vida, pegava, trémulo, na caixa selada por fita-cola preta. A sua mulher, vaga memória, permanecia sempre nos seus gestos como parte de si, mas desapercebida. Os filhos, todos marcados pela morte, estavam enterrados no fundo da sua alma. Não estavam mortos para ele, mas sim adormecidos nos confins da eternidade. Um dia pedira a sua mãe afincadamente
Este sol e esta primavera lusa vai fazer-te bem. Aquecer-te o coração! Beijos sentidos.
AntwortenLöschenSinto-me murcha como um cravo de Abril, Graça.
Löschen:))) ... Literalmente,... Abril em Portugal, Té ! :))
AntwortenLöschen... e parece que vieste em muito boa altura (climaticamente falando) ! :))
Os próximos dias serão óptimos !
Beijinho ! :))
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É sim, o vazio que sinto dentro de mim, Rui.
LöschenVazio quer dizer ausência, falta de conteúdo, despovoada, oca, sem objectivos, sem vontade, sem coragem para recomeçar.
O acolhimento por parte da família, o sol português e a boa comida lusitana poderão ser calmantes, mesmo que momentâneos, para o teu estado de espírito.
AntwortenLöschenTu traduzes tudo aquilo o que eu penso, Catarina.
LöschenA felicidade depende de mim e das minhas atitudes. Todos os dias, sim todos os dias são uma nova oportunidade de fazer a minha vida diferente, Tenho de lutar e vencer a minha depressão,
Temos muitas flores por cá nos Açores: azáleas, hortênsias, jarros, beladonas, etc. dispersas pela paisagem ou como uso de sebes, mas infelizmente estas árvores com este colorido não... mas posso dizer que tenho saudades deste abril em Portugal, mesmo estando em Portugal. ;-)
AntwortenLöschenPenso visitar os Açores num futuro muito próximo. A minha filha mais velha diz que os Açores são o Paraíso à face da terra.
Löschen~
AntwortenLöschenQuerida Te, desejo muito que te reencontres
~ Luta pela vida! Sonha! Tens muito para dar!
~ ~ ~ ~ Dias plácidos e esperançosos. ~ ~ ~ ~
~~Beijinhos.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
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Na força que a minha família e os meus amigos me dão, vem a minha coragem, Majo. OBRIGADA!
LöschenQue fotografias lindas! Eu moro super perto, tenho de ir para lá fotografar também :)
AntwortenLöschenum beijinho
Gábi
Tirei a fotografia da árvore florida na Praça Francisco Sá Carneiro, a outra aqui em Gaia.
LöschenBeijinho da amiga de perto.
Lindas as fotos, pena que a tua alma esteja tão desanimada...
AntwortenLöschenÁs vezes a tristeza é tão funda, tão funda que custa acreditar ser possível aguentar...já tive momentos desses.
Mas ACREDITA as coisas vão melhorar. um grande xi-coração.
xx
Uma das melhores sensações que existem, é saber que tenho todo o apoio de familiares e amigos, virtuais ou não, mas a dor e saudade prevalecem.
LöschenAbração à maneira do Porto.
Bonita foto :)
AntwortenLöschenTambém eu fiquei encantada com esta árvore em flor.
LöschenOlá Teresa, é realmente uma foto esplendorosa, parabéns!
AntwortenLöschenTambém temos uma magnólia no nosso jardim mas ainda é pequena. Está agora a começar a florir :-)
Desejo que a vida lhe sorria com a chegada da Primavera, um abraço!
A luminosidade do nosso país ajuda muito a tirar boas fotografias.
LöschenUm bom abraço portuense para si, Luis.