Depois de tudo, de todos os anos e de todas as vicissitudes da vida, ainda conservava a caixa, memória e espaço inócuo, estática simplesmente no tempo. Setenta e muitos anos haviam já passado! O tempo tinha exercido sobre ele o efeito que faz uma gota de água repetidamente numa rocha — e ele não tinha a porosidade dura da pedra… Pois os lustros foram passando, lentamente, e, com o decorrer do tempo, cada vez mais alheio, a vida continuou. Mais algum pouco que meio século e o momento era exacto: sobrara apenas, e já muito, a caixa com o ás de copas gravado no metal da tampa. Mais que envelhecido, apodrecido, mas tendo em si a nostalgia da vida, pegava, trémulo, na caixa selada por fita-cola preta. A sua mulher, vaga memória, permanecia sempre nos seus gestos como parte de si, mas desapercebida. Os filhos, todos marcados pela morte, estavam enterrados no fundo da sua alma. Não estavam mortos para ele, mas sim adormecidos nos confins da eternidade. Um dia pedira a sua mãe afincadamente
~ Os títulos são sugestivos.
AntwortenLöschen~ Pelas amostras, prefiro Rainha do Deserto. É interessante constatar o interesse que despertou num realizador alemão veterano, a história de Gertrude Bell e a sua paixão pelo deserto, facto que o levou a filmar em Marrocos.
~ Quanto a Victoria, não gosto de ver uma loira a representar uma espanhola.
~ Parabéns aos realizadores alemães, embora se saiba que o cinema depende do capital necessário para investir.
~ ~ ~ Abraço amigo. ~ ~ ~
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Como há muito tempo não se via, estão em competição e noutras secções da Berlinale 2015 uma série de celebridades do cinema alemão: Wim Wenders, Werner Herzog e Margarethe von Trotta.
LöschenA geração mais nova é composta, entre outros nomes, por Andreas Dresen e Oliver Hirshbiegel.
A minha bisavó materna era uma espanhola loira com olhos azuis, assim como a minha mãe.
Abração com cheirinho a Berlim!
~ ~ Beijinho. ll: ))
LöschenPassam por aqui poucos filmes alemães. Infelizmente.
AntwortenLöschenPartilho a sua opinião sobre o Piolho, mas não podia deixar de o mencionar na minha colectânea
Uma boa semana
Concordo que o Piolho continua a ser um lugar emblemático da cidade, Carlos, que visito quando me encontro na cidade invicta.
LöschenO meu marido gostava de tomar o seu café duplo na esplanada.
Nunca comi lá uma Francesinha. Não gosto de Francesinhas. Mas como diz a Ema "Tu nunca gostas de nada".
Um dos grandes realizadores germânicos que vi no Consulado Alemão, aqui em Lisboa, antes do 25 de Abril. Tempos difíceis, em que o "lápis azul" da ignorância não parava de rabiscar, mas feito tolo sem saber o que fazia !
AntwortenLöschenTemos grandes realizadores germânicos na Berlinale deste ano.
LöschenA minha simpatia vai para a geração mais nova como Andreas Dresen e Oliver Hirshbiegel.
Cinema alemão que é muito pouco divulgado.
AntwortenLöschenPor estas bandas, nada!
LöschenA cultura alemã é muito pouco divulgada em Portugal.
A minha amiga Bea, que estudou História de Arte, nunca tinha ouvido falar de Paula Modersohn-Becker até me visitar em Düsseldorf.
Por cá não passam filmes alemães. Só quando Frau Merkel disser ao Passos Coelho que tem de ser....
AntwortenLöschen(Não pude evitar ler lá em cima que a Ema diz que «tu não gostas de nada».... Ai as filhas....
Beijinhos de uma mãe de duas...
A minha amiga Angie tem problemas mais importantes para resolver do que obrigar o Pedro Passos Coelho ou o António Costa a divulgar a cultura alemã em Portugal.
LöschenA Ema não é minha filha, é sim, a minha neta mais velha.
HELAU DE DÜSSELDORF.