Quem diria que "A Rapariga Que Roubava Livros" ia desencadear a primeira polémica entre os membros do Círculo Literário!
Num ambiente burguês e harmonioso começou o 9º encontro do Círculo Literário em Benrath, na casa de um dos membros.
Durante a recensão do romance A Rapariga Que Roubava Livros de Markus Zusak desencadeia uma polémica tremenda. Polémica essa, que continua no jardim acompanhada por uma taça de Proseco — onde as vozes dos participantes se levantam várias vezes misturando-se com o barulho da máquina de cortar a relva do vizinho ao lado. Fantástico!
Para os defensores A Rapariga Que Roubava Livros é um dos melhores livros que já leram, para os críticos um dos piores.
Os defensores aconselham os críticos a lê-lo novamente, talvez então, compreendam essa história comovente, maravilhosa, emocionante.
Os críticos replicam, que a história da pequena Liesel não provoca qualquer emoção, devido ao estilo deplorável do autor.
Os defensores mencionam que Zusak é um escritor infanto-juvenil — ganhou o Prémio da Juventude Alemã em 2007 — e este é um livro juvenil, que os jovens gostarão de ler.
Os criticos concordam que os leitores adultos são mais exigentes. Têm a certeza, que vai ser difícil encontrar um jovem que está disposto a ler um calhamaço com quase 600 páginas.
Os defensores dizem que o autor dá uma noção clara e exacta da realidade da Alemanha Nazi.
Os críticos acusam o autor de arrastar a história pelos cabelos, tornando-a inverosímil.
Para mim o melhor de A Rapariga Que Roubava Livros é a ideia quase genial do autor ao escolher a morte como narradora, contando tudo o que vai acontecer. A expectativa de "será que é agora que ele morre?" é muito excitante.
Para mim o pior são as palavras que escapam da boca da mãe adoptiva, a toda a hora: Saumensch, Saukerl, Arschloch. A linguagem ordinária da Rosa não só fere a sensibilidade de uma menina de nove anos, a Liesel, como também a dos leitores.
Conclusão: tal como a minha amiga Teté aconselho também eu a leitura de A Rapariga que Roubava Livros a toda a gente.
Já o tenho há alguns meses na prateleira, em lista de espera. Mas depois deste post, acho que vai saltar para a lista dos prioritários...
AntwortenLöschenSaudações do Tejo.
Não li, mas pela descrição e até pela polémica instalada à sua volta, vou tentar adquiri-lo.
AntwortenLöschenQuerida amiga, bom resto de Domingo e boa semana.
Beijo.
É bom discutir livros, significa que eles nos interrogam, inquietam. O que é óptimo, independentemente da nossa opinião.
AntwortenLöschenBjs
Bom, pelos vistos, aquilo que este livro não causa é indiferença...
AntwortenLöschenDigo e repito que ADOREI! Mas também é verdade que não o li na língua original, apenas na tradução para português. De qualquer forma, nunca é o estilo literário (mais simples ou mais rebuscado) que me faz gostar de um livro. O enredo, a caracterização das personagens, a sensação de estar dentro do livro e presenciar/viver aqueles mesmos acontecimentos dizem-me mais... :)
Mas cada um tem os seus gostos ou paladares, não é?
Beijocas!
Adoro livros sobre o Holocausto e gostei imenso desta história. Ter colocado a morte a narrar a história foi uma forma sem dúvida diferente de mostrar um outro lado.
AntwortenLöschenUma história que nos enche de uma contradição de sentimentos, mas muito bonita. Aconselho também este livro!
http://www.youtube.com/watch?v=W2XQsGrqulM#t=66
AntwortenLöschenVejam o trailer do filme que vai estrear a 14 Jan 2014 com origem no livro....