„Mon père est mort deux mois après, jour pour jour. Il avait soixante-sept ans et tenait avec ma mère un café-alimentation dans un quartier tranquille non loin de la gare, à Y... (Seine- Maritime). Il comptait se retirer dans un an. Souvent, durant quelques secondes, je ne sais plus si la scène du lycée de Lyon a eu lieu avant ou après, si le mois d'avril venteux où je me vois attendre un bus à la Croix-Rousse doit précéder ou suivre le mois de juin étouffant de sa mort.
C'était un dimanche, au début de l'après-midi.“
A sua própria história, incluindo a sua própria família, é o tema literário de Annie Ernaux. Após a morte do pai, ela, que estudou e se tornou professora do ensino médio, escreve sobre ele, filho de lavrador, operário e dono de bar. Ela escreve porque rompeu com as suas origens, porque ela e seu pai não tinham mais nada a dizer um ao outro. E, no entanto, por meio da escrita, da linguagem, ela tenta se aproximar do pai, explicar como se tornou uma desertora social da burguesia. Ela descreve como agora está tentando tirar a vida do seu pai da falta de sentido para a qual ela — e com ela a sua própria vida anterior — foi empurrada. Em 1983, foi publicado "La Place", um relato autobiográfico que marcou um ponto de virada não apenas na obra de Annie Ernaux, mas também na literatura francesa. Na França os críticos ficaram impressionados.
Quando lê Proust ou Mauriac, escreve Annie Ernaux, não consegue ver nada do mundo do seu pai nessas obras. "O seu mundo é a Idade Média." Assim a autora coloca no seu livro „O lugar“ um duplo abismo de alienação: entre a literatura e o mundo ao seu redor, por um lado, e entre a sua existência burguesa como professora e as suas origens num meio de classe média baixa, por outro.
Embora seja o único livro que li dela, já lá vão longos anos, nunca mais me esqueci dele agora irá ser relido. Aproveito para sugerir uma outra escritora francesa de que gosto muito (professora de literatura clássica) Marie-Hélèna Lafon, que descobri no programa da TV5 Monde dedicado aos livros. Desejo-lhe continuação de um bom domingo. Muito boa tarde!
Marie-Hélène Lafon — Geschichte des Sohnes — tenho ao meu dispor. Vejo com prazer o programa TV5. Continuação da leitura de „O lugar“, em francês, nesta tarde outonal 🍂 Todas as suas sugestões são muitíssimo bem-vindas. Embora deixe os meus comentários na rubrica da sétima arte 🎥 a literatura tem um lugar muitíssimo especial na minha vida. Também lhe desejo a continuação de um domingo em beleza.
No fim de semana li „O Lugar“. Ela escreve sobre o seu pai e a sua carreira — que ela também vê como uma traição ao pai. A abordagem é sóbria, quase fria.
Lembro-me de ter ficado muito agradado ao ler "Os Anos" pelo que li logo de seguida "Uma paixão simples". Anseio ler mais desta autora em breve.
AntwortenLöschenQuando lê Proust ou Mauriac, escreve Annie Ernaux, não consegue ver nada do mundo do seu pai nessas obras. "O seu mundo é a Idade Média." Assim a autora coloca no seu livro „O lugar“ um duplo abismo de alienação: entre a literatura e o mundo ao seu redor, por um lado, e entre a sua existência burguesa como professora e as suas origens num meio de classe média baixa, por outro.
LöschenEmbora seja o único livro que li dela, já lá vão longos anos, nunca mais me esqueci dele agora irá ser relido. Aproveito para sugerir uma outra escritora francesa de que gosto muito (professora de literatura clássica) Marie-Hélèna Lafon, que descobri no programa da TV5 Monde dedicado aos livros.
AntwortenLöschenDesejo-lhe continuação de um bom domingo.
Muito boa tarde!
Marie-Hélène Lafon — Geschichte des Sohnes — tenho ao meu dispor.
LöschenVejo com prazer o programa TV5.
Continuação da leitura de „O lugar“, em francês, nesta tarde outonal 🍂
Todas as suas sugestões são muitíssimo bem-vindas.
Embora deixe os meus comentários na rubrica da sétima arte 🎥
a literatura tem um lugar muitíssimo especial na minha vida.
Também lhe desejo a continuação de um domingo em beleza.
Nobel da Literatura 2022 amanhã no meu palácio.
AntwortenLöschenAbraço, Teresa.
Quando se trata de LITERATURA até uma choupana visito.
LöschenEstá de parabéns. Não sei se já li algum livro dela
AntwortenLöschen.
Bom domingo … saudações poéticas.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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No fim de semana li o livro 📕 que lançou Annie Ernaux à fama.
LöschenNunca li nada dela
AntwortenLöschenmas sua expressão é desafiante
(a despropósito,
como vai a tradução
vai indo, ou não?)
Annie Ernaux é uma mulher que nunca é segura de si, sempre questionadora, no turbilhão de medos e esperanças sexuais e políticas.
LöschenA tradução vai de vento em popa …
Nunca li nada da autora.
AntwortenLöschenMas nunca é tarde.
Boa semana
No fim de semana li „O Lugar“.
LöschenEla escreve sobre o seu pai e a sua carreira — que ela também vê como uma traição ao pai.
A abordagem é sóbria, quase fria.