OFERTAS AO MENINO
Adoração dos Magos, de Vicente Gil - de 1498 a 1518 - no Museu Nacional de Machado de Castro Coimbra
João Cabral de Melo Neto
"Poemas Escolhidos"
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Minha pobreza tal é
que não trago presente grande.
Trago para a mãe caranguejos
pescados por esses mangues.
Minha pobreza tal é
que não tenho presente melhor.
Trago papel de jornal
para lhe servir de cobertor.
Cobrindo-se assim de letras
vai um dia ser doutor.
Minha pobreza tal é
que não tenho presente caro.
Trago aqui água de Olinda,
água da Bica do Amparo.
Minha pobreza tal é
que grande coisa não trago.
Trago este canário da terra
que canta corrido e de estalo.
João Cabral de Melo Neto
"Poemas Escolhidos"
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Teresa venho dar-lhe as boas noites e levar o sossego deste poema e a pureza desta casa.
AntwortenLöschenStª Teresa D'Ávila era uma mulher muito inteligente, embora haja quem a veja como pessoa seca. Como poderia ser de outra forma se tinha de lidar com o poder patriarcal?
Beijinhos
Isabel
Bom dia Teresa
AntwortenLöschenHoje sem relambórios, venho apenas dar-lhe um beijinho e vou arejar, o dia está bonito e o sol já se levantou.
Até logo
Isabel
Ai Teresa que hoje bem me alegrei com a sua amizade, sei que é verdadeira e às vezes há palavras que vêm na hora certa. Obrigada, muito obrigada.
AntwortenLöschenBeijinhos
Isabel
p.s.é uma Fada
Não conhecia o poema, nem o poeta, tem aspectos que lembra o brasil, de onde julgo que ele seja... um sinal como estas duas culturas ainda têm muito para se descobrirem mutuamente
AntwortenLöschenQue poema de tão grande simplicidade.
AntwortenLöschenAs ofertas mais importantes não são realmente as maiores mas as mais simples, as que são dadas não com as mãos mas as que são dadas com o coração.
Beijinhos
Isabel
Querida Ematejoca, esteja à vontade para fazer uso dos meus desejos nesse seu desafio. Aliás, nem precisava pedir. Bastava citar a fonte.
AntwortenLöschenAgradeço as palavras queridas que deixou lá na minha ilha. Garanto que não é por falta de vontade que não apareço mais vezes. Na maior parte das vezes passo só de mansinho, sem deixar comentário, porque o trabalho urge. Mas não deixo de passar, pode ter a certeza.
E que 2009 seja um bom ano nesta casa!
Adoro este excerto. A primeira vez que o ouvi foi na versão musicada por Chico Buarque e fiquei deslumbrada, já fiz um post sobre o assunto. Mais tarde a minha mãe ofereceu-me o livro. Belíssima escolha para este dia.
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