Direkt zum Hauptbereich

ZÉRO DE CONDUITE: OBRAS DA COLEÇÃO DE SERRALVES


A. R. Penck; Adrian Piper; Albuquerque Mendes; Alexandre Estrela; Ana Jotta; André Sousa; Antoni Muntadas; Antoni Tàpies; António Barros; António Sena; Artur Barrio; Blinky Palermo; Bruce Nauman; Chris Burden; Christer Stromholm; Christian Boltanski; Cildo Meireles; Dan Graham; Danh Võ; David Askevold; David Goldblatt; Dieter Roth; Eduardo Batarda; Eleanor Antin; Emily Jacir; Enzo Mari; Gerardo Burmester; Gilbert & George; Guerrilla Girls; Hannah Wilke; Ignasi Aballí; Isabel Carvalho; João Louro; João Onofre; João Pedro Vale; João Tabarra; John Baldessari; Jörg Immendorff; José Escada; Joseph Kosuth; Josh Smith;Juan Muñoz; Lynda Benglis; Manoel de Oliveira; Manuel Alvess; Marcel Broodthaers; Maria José Aguiar; Mario García Torres; Marlene Dumas; Martha Rosler; Matt Mullican; Mauro Cerqueira; Michelangelo Pistoletto; Patrícia Garrido; Paul McCarthy; Paula Rego; Paulo Mendes; Paulo Nozolino; Pedro Barateiro; Piero Manzoni; Pierre Huyghe; Raymond Hains;Richard Hamilton; Robert Filliou; Rui Chafes; Sigmar Polke; Stanley Brouwn; Thomas Hirschhorn; Thomas Schütte; Tino Sehgal; Urs Fischer; Valie Export; Wilhelm Sasnal; Xana

Incorrigível, indesejável, indisciplinada — que atitudes reprime o museu? "Zero em comportamento” apresenta gestos de irreverência ou desobediência na Coleção de Serralves, quer dirigidos a instituições, como a escola ou o museu, ou a formas de repressão ou controlo. Da ironia e do subterfúgio ao desrespeito pelas regras do bom gosto e do comportamento adequado, a exposição explora o potencial de agir contra a norma. Enquanto temas intratáveis, imagens desagradáveis, objetos ingovernáveis, as obras em exposição refletem a complexa diversidade das estratégias aplicadas — desde o furto como apropriação até à rejeição das convenções da arte — como formas de resistência artísticas e espaciais. No filme de 1933 de Jean Vigo Zéro de conduite, os alunos de um colégio repressivo revoltam-se contras as rígidas regras impostas pelos seus professores tirânicos. No museu, também raramente somos convidados a correr, tocar ou mesmo sentarmo-nos; o espaço público está cada vez mais sujeito a formas de iconoclastia e restrição. Reunindo um conjunto intergeracional de artistas que recorrem a uma vasta gama de meios — incluindo pintura, escultura, fotografia, obra gráfica, desenho, som e instalação — esta exposição percorre uma série de comportamentos e temas, dos anos 1960 até aos nossos dias, desde aqueles que supostamente deveriam ser corrigidos ou censurados até à normalização da violência e a afirmações de acidente, amadorismo e antivirtuosismo. Nesta medida, as obras expostas ecoam muitas das circunstâncias da nossa atual realidade política, simultaneamente questionando quem pode transgredir ou comportar-se indevidamente, como e porquê.

A exposição Zero em Comportamento é organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves e tem curadoria de João Ribas, Diretor do Museu de Serralves e Ricardo Nicolau, Adjunto do Diretor do Museu, com a curadora Paula Fernandes.

Kommentare

  1. Não tive oportunidade de ver, mas parece-me uma exposição extremamente interessante!

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. Zero em comportamento, nome retirado do título do filme Zéro de Conduite (1933), do realizador francês Jean Vigo, fica patente até 9 de Setembro, no Porto, portanto ainda vou ter a oportunidade de visitar esta exposição.

      Löschen
  2. espero que choque as pessoas.
    No bom sentido, no sentido de alerta.

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. Quem visita o Museu de Arte Contemporânea de Serralves adora os gestos de irreverência ou desobediência dos artistas contemporâneos aqui mencionados.
      Uma exposição que me obriga a dar um pulo até à cidade invicta.

      Löschen

Kommentar veröffentlichen

Beliebte Posts aus diesem Blog

Que democracia queremos?

Que democracia teremos se quem votar passar a ser uma minoria? No dia da Europa e a um mês das eleições europeias é urgente pensar o fenómeno da abstenção. É já esta quinta-feira que nos sentamos com a revista Divergente e os investigadores João Bernardo Narciso e Susana Peralta, numa conversa sobre a investigação jornalística   A bomba-relógio da abstenção .  São cada vez mais os europeus que não votam: um quarto não participa em qualquer tipo de eleição e quase metade não vai às urnas escolher representantes para o Parlamento Europeu. A bomba-relógio da abstenção é uma investigação de jornalismo de dados onde, pela primeira vez, se confronta a abstenção de voto na União Europeia (UE) com os números da desigualdade, do desemprego e da escolaridade. Quais os países e freguesias com maior abstenção na UE? Vota-se menos onde a desigualdade é maior? Salários mais baixos significam menor participação? Ter um curso superior influencia a ida às urnas? Entre 1974 e 2023, 351 milhões de eleito

Rei leão

Não pode haver tabus. Depois da mudança do logótipo, vale a pena ponderar na alteração da bandeira nacional. Adianto desde já o meu contributo para o debate.     Este pensamento acompanhará o DELITO DE OPINIÃO durante toda a semana

Julia Andersson 🎶 Vemod

A artista finlandesa Julia Andersson chega a Portugal,  para dois concertos que assinalam a sua estreia nacional.  No dia 9 de Maio  estará em Lisboa,  no BOTA, e, no dia 11, na Casa da Cultura, em Setúbal.  Compositora e pianista finlandesa, Julia Andersson mistura melodias emocionais com momentos de improvisação nos seus temas. Iniciou-se bem cedo no estudo de música clássica, mas logo começou a incorporar elementos de jazz e música ambiente nas suas composições. Apenas com um EP editado digitalmente chamado “Within, Without”, chamou a atenção da editora canadiana Moderna Records que editou, em Maio de 2023, o álbum de estreia “Drom”.  Espera-se uma dose bem servida de melancolia e delicadeza, algures entre a clássica contemporânea e a música ambiente.