Semana Santa na cidade invicta



A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumento – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo que o aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. Esse povo, há poucos dias, tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia e estava maravilhado, pois tinha a certeza de que esse era o Messias anunciado pelos profetas, mas, esse mesmo povo tinha se enganado com tipo de Messias que Cristo era. Pensava que, fosse um Messias político, libertador social, que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão.
Para deixar claro a este povo que Ele não era um Messias temporal e político, um libertador efémero, e sim, o grande libertador do pecado, a raiz de todos os males, então, Jesus entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado num jumento; expressão da pequenez terrena. Ele não é um Rei deste mundo. Dessa forma, o Domingo de Ramos dá o início à Semana Santa, que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando os seus ramos de oliveiras e palmeiras.
A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio das suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que o homenageou, motivada pelos seus milagres, agora vira-lhe as costas e a maioria  pede a sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade há nas atitudes de certas pessoas. Quantas lições nos deixam esse Domingo de Ramos.

Kommentare

  1. Olá, Teresa daí, daqui...
    Texto lindo que compartilhas. Aprendi a lição!
    Desejo-te uma Semana Santa iluminada.
    Hoje vim deixar-te uma dica de leitura: "MÃE, DOCE MAR" (2022), de João Pinto Coelho.
    É fascinante a história narrada neste livrão de 198 páginas de prosa poética. E mais não digo.
    Beijo, continua a ser feliz no Porto.

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    1. O dono da casa herdou dos pais uma biblioteca fabulosa.
      Estou a afogar-me em literatura.
      Prometi a mim mesma, não comprar nenhum livro.
      Talvez, compre "MÃE, DOCE MAR", de um autor desconhecido.
      Sei somente, que ele foi o vencedor do Prémio LeYa em 2017.
      Beijo tripeiro!!

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    2. São dele "Perguntem a Sarah Gross" e "Os loucos da Rua Mazur", dois magníficos romances.
      Beijo, diverte-te mas não te afogues!!!

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    3. Quando chamo a João Pinto Coelho um autor desconhecido, quero dizer que nunca li nada dele. Em 2012 publica "Perguntem a Sarah Gross", o seu primeiro romance. O seu romance seguinte "Os Loucos da Rua Mazur" foi o vencedor do prémio LeYa 2017, finalista do Prémio Literário Fernando Namora e semifinalista do Prémio Oceanos.

      Cá em casa não há um único romance de João Pinto Coelho.

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  2. A falsidade é de todos os tempos!

    Abraço

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    1. NUNCA encontrei uma pessoa falsa na minha vida.
      Abraço tripeiro!!

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  3. Um sereno Domingo de Ramos, Teresa!

    Abraço!

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    1. Um domingo sozinha em casa com o trafulha.
      Não me apeteceu comparecer ao "brunch" em casa de uns amigos dos donos casa.
      Abraço tripeiro!!

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  4. Muito bem. Desejo que esteja a desfrutar das suas férias na Cidade Invicta. Uma Cidade que gosto, tal como das suas gentes!
    Passando para desejar bom Domingo
    .
    Coisas de uma Vida
    .
    Beijo.

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    1. A minha cidade é única.
      Poderia ficar aqui horas a escrever sobre a cidade nas margens do rio mais icónico de Portugal __ o DOURO. E sobre o meu orgulho de trocar os "v´s" pelos "b's".

      Um domingo de leitura. E como foi o seu domingo, Cidália?!

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