Morreu a estilista Vivienne Westwood

Quem diz Westwood diz punk. Ela foi uma das fundadoras do punk e por anos dividiu a cama com Malcolm McLaren, um nome como um relógio no mesmo mundo punk. Ele era o gerente do New York Dolls e, na mesma função, levou os Sex Pistols ao topo do mundo por um tempo.
Nascida Vivienne Isabel Swire em 8 de abril de 1941 em Midlands, Westwood cresceu numa época de racionamento durante e após a Segunda Guerra Mundial. A reciclagem permeou o seu trabalho, e ela repetidamente disse aos fashionistas para "escolher bem" e "comprar menos".
Quando era adolescente, ela mudou-se para o norte de Londres com os seus pais, onde estudou joalheria e ourivesaria antes de se tornar professora primária. Enquanto lecionava numa escola primária, ela conheceu o seu primeiro marido, Derek Westwood, com quem se casou com um vestido feito em casa. O filho deles, Ben, nasceu em 1963 e o casal se divorciou em 1966.
„O meu trabalho é uma crítica à mediocridade", disse Westwood. 
Ela foi rebelde durante toda a sua carreira. A mudança climática, a poluição ambiental e o seu apoio ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, serviram de inspiração para as camisetas ou faixas de protesto que as suas modelos usaram na passarela.
A rebelde foi aceite no establishment britânico em 1992 pela Rainha Elizabeth, que lhe concedeu a Medalha da Ordem do Império Britânico. Mas Westwood, sempre em busca de polémica, apareceu no Palácio de Buckingham sem roupa íntima — facto que ela provou aos fotógrafos por meio de um torcer revelador da sua saia.

Rebelde até ao fim