pensamento inacabado


Do rio que tudo arrasta se diz que é violento, mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem

Kommentare

  1. Conheço essa brilhante frase. Bem lembrado, dá para compreender certas situações.

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    1. Anonym8/21/2022

      Sobre A Violência

      A corrente impetuosa é chamada de violenta
      Mas o leito do rio que a contem
      Ninguém chama de violento.

      A tempestade que faz dobrar as bétulas
      E tida como violenta
      E a tempestade que faz dobrar
      Os dorsos dos operários na rua?

      Bertolt Brecht

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  2. Brecht é meu irmão!
    (acredites, ou não)

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  3. Um universo sem memória.
    Um planeta que morre lentamente.
    Desejo-lhe um bom domingo!

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    1. Anonym8/21/2022

      A árvore que não dá fruto
      É xingada de estéril.
      Quem examinou o solo?
      O galho que quebra
      É xingado de podre, mas
      Não haveria neve sobre ele?

      Do rio que tudo arrasta
      Se diz que é violento
      Ninguém diz violentas
      Às margens que o cerceiam.

      Bertold Brecht

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  4. Às vezes - só às vezes - sinto-me uma pequena ribeira que transbordou...

    Forte abraço, Teresa!

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    1. Anonym8/21/2022

      Um pensamento poético que revela que a musa da Maria João regressou.
      Abraço da amiga das margens do rio de Reno cada vez mais seco.

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    2. O meu Tejo, a montante, está coberto de ilhotas de areia... :(

      Abç gde!

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    3. Anonym8/22/2022

      Não sei como está o meu Douro, mas penso vê-lo brevemente.

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  5. As pessoas vêem apenas aquilo que querem ver. O que está mais em destaque. E quanto a rios o que realça são as águas que correm apressadamente e em turbilhão. A “opressão” das margens fica para depois, ou nem chegam a ser ponto de discussão. É mais fácil. Independentemente do que ambos representam metaforicamente.

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    1. Anonym8/21/2022

      Em algum lugar do inacabado: vejo a atualidade política

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  6. Muitas das coisas que acontecem, na natureza ou no quotidiano do Homem, podem ter duas ou até mais visões completamente diferentes, ainda que nenhuma delas esteja errada.
    Não consegui comentar o texto do donut, mais acima. Na minha terra, norte do país, diz-se meu amor por tudo e por nada. No mercado, sejam vendedoras de peixe ou de flores, somos sempre agraciados com diversos "meu amor" como incentivo à compra dos seus produtos.
    Alguém disse que as palavras são vazias e que quem as profere/escreve e as ouve/lê é que lhes dá o sentido. O que, para complicar, nem sempre é coincidente.
    Boa semana, amiga Teresa.
    Um beijo, das margens do Rio Lima, ainda em ressaca da romaria da Senhora da Agonia...

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    1. Anonym8/22/2022

      Concordo absolutamente com o primeiro parágrafo do seu comentário, Jaime.
      Quanto ao texto do Donut 🍩 o autor nasceu e vive no Porto.
      Conheço muitíssimo bem Viana do Castelo e o Rio Lima, todavia nunca
      assisti às festas da Senhora da Agonia.
      Continuação de uma semana na cura da ressaca da romaria.

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