Sem o Zelensky era tudo mais fácil






O SÍTIO DOS DESENHOS — FERNANDO CAMPOS


«No mesmo dia 9 de Maio, Zelensky resolveu responder à parada da Praça Vermelha desfilando sozinho numa das principais avenidas de Kiev. A cena foi patética: vestido com o habitual uniforme militar, o herói de nenhuma batalha travada, o Churchill da Ucrânia, pop star de todos os Parlamentos e descrito como um génio da comunicação, dizia a Putin que em breve iria ter dois dias da vitória para celebrar contra nenhum do russo. Há um mês, Zelensky desdobrava-se em ofertas de negociações, dizia já ter abdicado da Crimeia e da NATO e acusava o Ocidente de estar a prolongar a guerra à custa da destruição da Ucrânia. Hoje mudou radicalmente: diz que não cederá nem um centímetro de território, que está a lutar contra nazis e que só a vitória lhe interessa. O que mudou, entretanto, foi que a NATO o convenceu de que, com o apoio que não lhe faltaria, ele iria derrotar os russos e entrar para a História como o homem que venceu o Exército Vermelho, mesmo que à custa da destruição da Ucrânia.»

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