À minha avó materna 🤍


 Estejas onde estiveres quero recordar o dia do teu aniversário, não sabendo mesmo se gostavas de flores. Gostavas sim de me contar histórias. A minha favorita era de um livro de Trindade Coelho que tu sabias de cor “O Conto das três maçãzinhas de oiro”
Tu não eras uma avó babada.
Eras simplesmente uma mulher extraordinária que eu amava e respeitava muito.
Na verdade, tu eras a mansão da felicidade.
A tua sombra querida vagueia, imposante e sorridente em mil recordações que me encantam. E o perfume do passado ressuscita como o perfume da tua casa cheia de histórias. A mim, falavam-me da beleza da vida.

Kommentare

  1. Belíssima homenagem!
    Um abraço

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. Homenagem é algo tão formal.
      Eu diria uma carta de amor 💌
      Um abraço, António.

      Löschen
  2. Que maravilhosa homenagem fez à sua Avó! É tão bom poder recordar! 💙🌹

    ps: foto do meu poema de hoje é do meu Filho. Uns anitos atrás :)
    .

    Beijos. Votos de uma excelente semana.

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. Raramente me perco no passado.
      Eu vivo o presente e planeio o futuro.

      A fotografia do seu filho quando jovem é absolutamente fascinante.
      Boa noite!!

      Löschen
  3. Uma memória tão bonita - também tenho memórias assim da minha avó

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. Uma felicidade tão grande ter uma avó materna tão alegre, ousada e pronta a aceitar todas as minhas diabruras.

      Löschen
  4. Que belíssima homenagem, Teresa!

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. Ternura e dedicação humana vibram em todas as páginas da sua vida.

      Löschen
  5. Uma homenagem lindíssima feita à avó materna que, confesso, me emocionou. E não escrevo mais nada.
    Fica bem.

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. A minha avó foi homenageada pelos seus alunos.
      Em face do amor que nos unia, senti uma estranha necessidade de escrever estas singelas palavras no dia do seu aniversário.

      Löschen
  6. As avós serão sempre para nós alguém entre o real e o irreal e assim permanecerão para sempre na nossa memória.

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. A minha avó materna era uma mulher muitíssimo real e pragmática. E que conhecia profundamente as fraquezas do ser humano.

      Löschen
  7. Meus avós maternos
    à medida que a idade avança
    sinto-os como eternos
    trago-os sempre na lembrança

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. O meu avô materno morreu quando eu tinha seis anos e pouco me lembro dele.

      Löschen
  8. Oi, Teresa!
    Ninguém morre enquanto é lembrado. Sua avó se mantém viva pelas lembranças que ainda repercutem em sua própria vida. Eu acho fundamental para regar nossas raízes mantermos as lembranças longe do esquecimento. Beijinhos no coração!!

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. Hoje em cem anos
      ninguém sabe que eu nasci.

      A fragilidade da existência
      em face da opulência do pensamento
      estende-me os braços e segreda-me:
      — Vem!
      Quero ensinar-te a morrer em paz —
      para transformar a miserável matéria do teu corpo
      no reflorir eterno dos roseirais primaveris.

      Em resposta às suas palavras e beijinhos no coração, Luma Rosa.

      Löschen
    2. Muito grata pela poesia! É um presente que oferta! Obrigada!!

      Löschen
  9. Hoje já consigo ver o blogue e comentar

    AntwortenLöschen
  10. Que bela recordação.
    A minha contadora de histórias foi a minha avó paterna.
    Era de uma doçura extraordinária, nunca me chamou pelo nome próprio, para ela eu tinha apenas um diminutivo!

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. O meu avô paterno morreu quando eu tinha cinco anos. Após o enterro regressei ao Porto e nunca mais vi a minha avó paterna, que morreu pouco depois.

      Löschen
  11. Maravilha!!!!
    Pois eu Teresa, não tenho quaisquer memórias de avós, nem maternos nem paternos. Vivemos longe uns dos outros, demasiado longe. Hoje, que sou avó, sinto esse vazio.
    Beijo, saúde.
    (Sobre compotas respondi lá, no Pétalas.)
    💚

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. Perdi os meus avôs e a minha avó paterna muitíssimo cedo.
      A relação com a minha avó materna durou muitos anos.

      Ando um pouco fugida a aproveitar os últimos dias de verão.
      Li o que tu escreveste sobre compotas e peço desculpa de ainda não ter respondido. Beijo muito doce 🫐

      Löschen
  12. Quando falo em avós, refiro-me quase sempre aos avós maternos que estiveram mais presentes. A minha avó materna também ficará sempre na minha memória enquanto esta continuar ativa. : ) Era uma mulher do campo que nunca trabalhou no campo. Habilitações literárias mínimas, mas com um profundo conhecimento de vida. O que me vem à mente, sempre que penso nela, é o estar ao seu lado (quando era miúda e durante as férias grandes) com um pequeno alguidar de barro a amassar pão, tal como ela fazia num alguidar gigantesco aos meus olhos. Fazia sempre pão doce entrançado para os netos. Entretanto, compradas as máquinas e empregados os padeiros para fazer o pão para vender ao público, o pão caseiro só continuou a ser feito em alturas especiais. Passados muitos anos, acho que ela ficaria orgulhosa de mim se soubesse que eu comecei a fazer pão em casa há pouco tempo. : )
    De que se lembrarão os meus netos (de 3 anos e de 1 ano)? Que impacto terei nas suas vidas?
    Bonita homenagem à avó.

    AntwortenLöschen
    Antworten
    1. A minha avó materna ao contrário da minha mãe, cozinhava muitíssimo bem. Não esqueço o folar da Páscoa e do pudim francês. Lamento não ter aprendido nada de cozinha com ela.
      A minha querida avó transmontana era uma mulher extremamente liberal e sempre me aceitou como eu era e nunca me obrigou a fazer nada que eu não gostasse.

      Löschen

Kommentar veröffentlichen

Beliebte Posts aus diesem Blog

Tudo menos plano!