Desenho Baixo, Pintura Alta
“É uma pintura que procura desfazer o espartilho resultante das múltiplas convenções e sistemas pelos quais integramos a experiência de viver em sociedade. É uma recusa da convencionalidade e a imposição de um programa de questionamento radical: tudo pode e deve ser inquirido quanto à sua lógica e função, tudo deve ser reconduzido ao estatuto de problema a resolver, conferindo assim ao acto criador uma dimensão epistemológica. Nesse sentido, o trabalho estético da Joana obedece ao traçado gouldiano: há que sair da ilhota para que esta possa crescer. É um trabalho que a todos os níveis torna o mundo mais habitável.” Valério Romão Esta exposição é constituída por uma série de pinturas sobre papel produzidos recentemente. Decidi explorar as diferentes volumetrias potenciadas pela materialidade do papel onde o desenho se revela na superfície plana – o "baixo" – conjugado com formas tridimensionais que emergem do suporte, em expressivo cromatismo. Em suma, transformar o desenho numa pintura "alta" através do relevo que criei, numa dialética que pretende desafiar o observador. É uma proposta, uma espécie de jogo, de contraponto, entre opostos – o baixo e o alto – que sugere o título que dei à exposição. Proponho aos espectadores múltiplos ângulos, diferentes prismas para cada forma, de modo a que cada um descubra, em cada ângulo, composições novas. O objetivo é que possa partilhar o meu processo criativo à medida em que a obra se vai revelando, tal como foi emergindo durante a execução, a cada etapa da conceção, até poder sentir que estava resolvida. Assim, também ao olhar extrínseco, a obra mostra, por si própria, diferentes sequências que se entrelaçam e pretendem surpreender, antes de sentir o apelo das seguintes. Nos trabalhos que apresento no Centro Cultural de Cascais, fui modelando o papel e as obras foram surgindo, com cada forma a despertar a subsequente. Nasceram umas das outras, num processo contínuo, como se fossem uma cadeia, ou uma família. Cada ação, cada gesto, cada movimento conduz, intuitivamente, a algo mais, a qualquer coisa que possa ser surpreendente. Um ato criador que deu lugar a estas pinturas com relevo, formas quase arquitetónicas, que pretendem potenciar os sentidos e planos de várias dimensões. Joana Rebelo de Andrade (Rá) nasceu em 1983 em Lisboa, estudou arquitectura, desenho gráfico, pintura e tipografia, entre Portugal, França, Reino Unido e Estados Unidos. O seu trabalho é conceptual, cheio de cor, assinalado pela geometria e abstração com formas quase arquitectónicas. Tem participado em exposições coletivas e individuais e o seu trabalho encontra-se representado em coleções particulares em Portugal, Itália, Alemanha e EUA. |
Vim deixar-te um beijinho e desejar-te um bom fim de semana!
AntwortenLöschen🌹
Agradeço e retribuo o beijinho e os desejos de um bom fim de semana.
LöschenPor pior que seja a noite, amanhã é outro dia.
Não conhecia.
AntwortenLöschenAbraço, saúde e bom fim de semana
Há a possibilidade de eu visitar esta exposição em setembro.
LöschenAbraço português 🇵🇹
Não conheço mas gostei das formas e das cores!
AntwortenLöschenAbraço
Um belíssima sugestão para visitar. Até 26 de setembro, talvez tenha a oportunidade de o fazer. :)
AntwortenLöschenNo mínimo original e única.
AntwortenLöschenBoa semana
Mind blowing post
AntwortenLöschenApreciei e li com apreço. Obrigada pela partilha 🌹
AntwortenLöschen~~
Queria ser, muito mais, que um Ser
~~
Beijos, e uma excelente semana.
Para quem aprecia o género, penso ser uma exposição muito bonita de ser vista, apreciada, discutida. Imagino que a Teresa que é uma apreciadora desse género de arte, irá visitar e gostar
AntwortenLöschenBeijinho.
Estou preocupada com o teu silêncio...
AntwortenLöschenEspero que estejas fora e a passear! 😊
Beijinhos
Como está tão pertinho de mim, vou espreitá-la, sim!
AntwortenLöschenObrigada pela dica.
Beijo, cuida-te.