A morte é uma flor



A morte é uma flor que só abre uma vez.
Mas quando abre, nada se abre com ela.
Abre sempre que quer, e fora da estação.
E vem, grande mariposa, adornando os caules ondulantes.
Deixa-me ser o caule forte da sua alegria

Paul Celan
(Tradução de João Barrento) 




Kommentare

  1. Bonitas flores para celebrar o dia de hoje!

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    1. À memória de minha mãe, que tão de repente esvoaçou do meu mundo.

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    2. A data da morte de minha mãe precipita-me novamente no abismo.

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  2. 47 anos depois
    o 25 de Abril ainda é uma chama dentro de nós
    alvoroço

    comoção

    saudade

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    1. Embora me sinta solidária com o povo português — a chama dentro de mim é o amor profundo pela minha mãe — uma perda dolorosa.

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    2. O poema de Paul Celan toca a sensibilidade de quem perdeu alguém muito próximo consegue falar da morte como se fosse um acto de beleza.
      Não quis comentar no meu escrito anterior porque são momentos dolorosos, mas agora voltei.

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    3. Paul Celan admirava a poesia de Yvan Goll, um judeu alsaciano.
      Quando perdeu o amigo, escreveu este poema como se a morte fosse um acto de beleza. Temos, pois, de encarar a morte como o poeta, mesmo quando a perda de alguém muito próximo seja um acontecimento deveras doloroso.

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  3. Porque às vezes as palavras não servem de consolo, deixo um forte abraço.

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    1. Um abraço forte da Elvira é um apoio eficaz à minha dor — no Dia da Liberdade — dia que vivo sem alvoroço, simplesmente com emoção, saudade e grande tristeza.

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  4. Não poderíamos ter nada melhor para recordar o dia! Adorei!
    -
    Beijo e um excelente final de Domingo!

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    1. O poema de Paul Celan
      (Tradução de João Barrento)
      aborda a morte como tema
      de modo bem profundo e conclusivo.

      Daí eu não compreender o seu comentário:
      “Não poderíamos ter nada melhor para recordar o dia! Adorei!”

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    2. Bom dia. Desculpe o comentário. Má interpretação minha. Ou seja, para festejar o 25 de abril. Porque me cansam as lingas histórias, sobre o dia, embora saiba que quem o viveu goste de recordar os tempos que passaram e que viverem. Eu era ia fazer 11 anos.

      Depois de ler os comentários deparo-me com outra realidade. Uma data marcante para si em particular. O que a meu ver deixa o meu comentário sem sentido. Estarei enganada?
      Peço desculpa. Gostei do poema e da imagem.

      Beijinhos 💙🌹

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    3. Má interpretação acontece, portanto, NÃO tem nada de me pedir desculpa.
      Eu até compreendi o seu comentário, Cidália, embora não fizesse sentido com a minha intenção de recordar a minha mãe e NÃO o 25 de Abril de 1974.

      Retribuo os beijinhos 🤍

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    1. Um forte abraço é uma ajuda valiosa para suportar tanta dor.
      Muitíssimo obrigada, Andreia!

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  6. Uma pena que a data lhe evoque tão dolorosa memória.
    Boa semana

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    1. A minha mãe era apolítica, daí ser uma ironia ela ter partido num 25 de Abril.

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  7. Lamento profundamente, Teresa.
    O meu sentido abraço!

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    1. Os anos passam e eu não consigo desatar o nó do luto — porque me culpo.
      Agradecendo o seu sentido abraço, Maria João, desejo-lhe uma boa semana.

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  8. Teresa, como eu entendo a tua dor.
    Senti igual no passado dia 17. Vinte e três anos da partida do meu pai, exactamente no dia do 50º aniversário do meu marido. Que falta me faz o meu pai. A dor acalma, mas não desaparece.
    Hoje deixo-te um abraço apertadinho.
    (voltei...sem dores)

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    1. Quem vive na memória da sua família não está morto, está apenas longe. Só está morto quem foi esquecido. Tenho muitas saudades da minha mamã.
      Um abraço solidário da amiga de longe e de sempre 💙

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