Quem é Agnes Martin



Filha de emigrantes escoceses, Agnes Martin nasceu numa quinta em Macklin, Saskatchewan, Canadá a 22 de Março de 1912. Perdeu o pai aos dois anos e cresceu em Vancouver com a mãe, mulher independente, padrão raro para a época, que influenciou a sua própria vida.  
Em 1931 mudou-se para os Estados Unidos. Estudou arte na Columbia University e na University of New México. Trabalhou como professora em diferentes escolas de ensino médio. Fixou residência no Novo México e por estímulo de uma galerista, mudou-se para Nova York, onde fez sua primeira exposição. Desapontada com o ambiente encontrado regressou aquele estado, escolhendo a cidade de Galesteo. Permaneceu lá até à sua morte a 16 de Dezembro de 2004
A vida isolada e tranquila, dedicada às artes plásticas, à filosofia Taoista e aos seus escritos, deu algo de espiritual aos seus trabalhos. A obra de Agnes Martin quer em óleo, grafite ou pastel sobre tela ou em papel chega quase à perfeição. São grades, linhas e campos de cores elaborados com impressionante cuidado e admirável qualidade sempre procurando realçar a alegria e a beleza.
Agnes Martin é desde 1950 quase sempre associada aos minimalistas — embora ela se definisse como expressionista abstrata. Ela prezava Mark Rothko (1903—1970) por ter atingido o “grau zero” da pintura. Também ele resistiu aceitar a classificação de “pintor abstrato”. Seguindo os seus passos, ela reduziu a sua pintura a poucos elementos, para forçar a percepção do transcendental.
Até à exposição rectrospectiva na Tate Modern em Londres, de 03.06.2015 — 11.10.2015, nunca tinha ouvido o nome: Agnes Martin. Quando exposição rectrospectiva chegou ao museu K20 em Düsseldorf, de 07.11.2015 — 06.03.2016, aprofundei os meus conhecimentos sobre a pintora esquizofrénica, que pintou a mais absoluta calma.


Kommentare

  1. Sou um apreciador do género. Esta artista faz parte de um grupo que nasce em Paul Klee e cujos cultores vão evoluindo ao longo da sua obra na simplificação da sua pintura. Sean Scully é um artista que aprecio muito e faz parte desse grupo.

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    1. Comentário de um conhecedor de arte.
      Embora eu não seja uma admiradora tão fervorosa como o Luís, lamento muito não ter visitado a exposição “SEAN SCULLY” — INSIDEOUTSIDE” em Wuppertal no PARQUE DE ESCULTURAS — UMA FUNDAÇÃO DE TONY CRAGG.

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  2. Também a vou descobrir.
    Boa semana

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    1. Descobrir a ARTE é fácil.
      Difícil é aceitá-la.

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  3. Como desconheço totalmente, fica a minha "aprendizagem" Obrigada pela partilha! :) 🌹
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    Coisas de uma Vida
    -
    Beijo, e uma excelente semana :)

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    1. ARTE é uma das coisas da minha vida cultural.
      Ótima semana primaveril 🦋

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  4. Agradeço a partilha pois nunca tinha ouvido falar dela!

    Abraço

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    1. As minhas publicações não pretendem ensinar ou partilhar.
      ARTE é algo que faz parte da minha vida.
      Ótima semana primaveril 🦋

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  5. Não conhecia de todo.
    Mas a partir deste exacto momento vou pesquisar tudo.
    Obrigada, Teresa.
    Beijo, boa semana.

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    1. Até à exposição rectrospectiva na Tate Modern em Londres nunca tinha ouvido o nome: Agnes Martin. Quando a exposição chegou ao museu K20, em Düsseldorf, não perdi a oportunidade de conhecer a sua obra.
      Beijinhos primaveris, querida Teresa.

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  6. Uma das pinturas que vi dela foi "A Rosa". Um nome fácil de decorar, por isso me recordo :)
    Tive que pedir a alguém que me explicasse/interpretasse o quadro...

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    1. A interpretação de muitos críticos do seu trabalho contradiz os comentários da própria artista. Ela negou muitos dos rótulos e interpretações impingidos ao seu trabalho. Eu contemplei “The Rose” sem pedir a alguém que me explicasse /interpretasse o quadro — exatamente como Agnes Martin pretendia.

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    2. Se a pintura abstrata (ou qualquer outra) não for interpretada - e cada um tem a sua interpretação - qual é o objetivo do/a artista quando expõe o seu trabalho? Eu interessei-me, mesmo não compreendendo, e tentei informar-me. Quando a exposição tem áudio, adquiro sempre um. Gosto de ouvir a descrição pormenorizada do que estou a ver e quando chego a casa faço pesquisas. Agora o que aceito é não gostarem de ser rotulados.

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    3. Para mim é tudo mais belo se deixado na dúvida, por isso, sou uma grande admiradora da pintura abstrata. No entanto, quando visito uma exposição adquiro sempre o áudio. Outras vezes assisto às visitas guiadas.

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