Cantemos


As ruas cheias de fumo  
as cabeças cheias de fumo  
a sala cheia de fumo
   
Kurt ___ hello ___ Kurt!  
toca para nós!  
Lotte ___ hello ___ Lotte!  
canta para nós!
   
eles não estão aqui  
conheço estes todos  
toca Surabaya Johnny  
cantaremos todos
canta os amores perdidos
o engano para onde caminhamos
nós não
os que estão enganados.
   
Pára Kurt não toques
pára Lotte não cantes
parem todos
eles estão aí.  
Abram as portas  
o fumo sairá  
e nós com ele

LUÍS  RODRIGUES 

Kommentare

  1. Muito bem! Adorei :) Obrigada pela partilha 😘🌹
    *
    Seduzida pela leveza do horizonte
    *
    Beijo e um maravilhoso dia.

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    1. Seduzida pela leveza do poema e pela música de Kurt Weill, que faria hoje 121 anos 🎼🎼🎼

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    2. Teresa,...porque também me deixo seduzir por tudo o que é belo, porém, não me deixo ofender sem dar o troco, ainda que seja com luva de pelica, tens um abraço meu no postal do autor deste texto que linkaste.
      Obrigada, amiga, que estás longe.

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    3. Escusado será dizer que o troco enluvado não é para ti que nunca te escondes atrás o anonimato, antes pelo contrário.

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    4. Cobarde como sou, NÃO tive coragem de responder ao anónimo — a única maneira de mostrar a minha reprovação, foi enviar-te um OLÁ de uma amizade de longa data 💙

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    5. Eu sei, Teresa, por isso te respondi a preceito no meu espaço.
      Posso ter muitos defeitos, que os tenho, sobretudo de temperamento, mas tudo o que digo é de caras.
      Agradeço a tua compreensão. Acredita que até estava disposta a votar ao desprezo tão desprezível atitude, mas uma vez que aqui tens outros leitores que me desconhecem, achei por bem não ficar calada, até porque quem cala; consente. Quem não teria consentido essa baixeza de carácter no blog, que isso sim, é que é ser-se mal educado, teria sido eu. Eu, e muita gente que sabe ver onde se esconde a verdadeira maledicência. Enfim, o melhor é ficar por aqui.

      Tudo de bom para ti.

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  2. Antworten
    1. Uma homenagem ao trabalho musical de Kurt Weill e a Lotte Lenya que doou a sua voz a algumas das canções mais conhecidas do compositor alemão, como Seeräuber Jenny e outras da peça Die Dreigroschenoper (A Ópera dos Três Vinténs, 1928), escrita com Bertolt Brecht.

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  3. Não sei ler uma pauta
    Assim, fico marginalizado no canto
    Aguardando
    que o fuma saia
    Para eu sair também

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    1. Também eu não sei ler uma pauta
      Mesmo assim, não fico marginalizada no canto
      Ouço a música de Kurt Weill acompanhada pela voz rouca de Lotte Lenya — lembrando o nefasto 27 de fevereiro de 1933, dia em que o Reichstag, em Berlim, foi ateado em fogo e, como resultado, foi visto como o acontecimento crucial para o estabelecimento da Alemanha nazista.

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  4. Uma dupla muito famosa.
    Muitas vezes não pelas melhores razões.

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    1. Desfaço a dupla e acrescento um nome BERTOLT BRECHT

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  5. E eu fui ouvir Sarabaya Johnny, pela Milva e gostei!

    Abraço

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    1. A Milva NÃO tem a voz rouca e inesquecível da Lotte Lenya!!

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  6. Gostei de saber...embora a minha voz seja sui generis e eu não leia pautas


    Beijinho

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    1. Não lês pautas, mas lês poemas.
      O poema de Luís Rodrigues é o farol, que ilumina a homenagem a Kurt Weill e a Lotte Lenya.

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