O PESO DAS PALAVRAS


„Escrever não faz homens novos. Cria, porém, clareza e compreensão. Ou o seu semblante. E quando alguém é bem-sucedido com as palavras, é como um despertar para si próprio, e nasce, então, um novo tempo: o presente da poesia.“

Pedro Vasco de Almeida Prado
O tempo da poesia
Lisboa 1903


Pascal Mercier é o pseudónimo literário usado pelo filósofo Peter Bieri — autor de „Comboio Nocturno para Lisboa“. Nasceu em Berna em 1944 até recentemente foi professor de Filosofia na Universidade de Berlim.

Desde a infância que as palavras fascinam Simon Leyland. Contra a vontade de seus pais ele torna-se tradutor e persegue o objectivo inabalável de aprender todas as línguas, que se falam em volta do mar Mediterrâneo. De Londres vai com a sua mulher Lívia para Trieste, onde ela herdou uma editora. Na cidade de literatos eminentes, pensa ele encontrar o sítio ideal para o seu trabalho — até que um diagnóstico errado o abala profundamente. 
O romance fala da liberdade de deliberar a nossa vida,  e ao mesmo tempo da liberdade que a literatura nos promete.
Um romance filosófico, introspectivo, poético.

Kommentare

  1. Lembro-me de ter visto esse filme. A sua publicação desperta o interesse de ver se há mais trabalhos, em português, desse autor.

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    1. O romance de Pascal Mercier alias Peter Bieri „Das Gewicht der Worte“, publicado em Janeiro de 2020, tem uma outra dimensão — tem até uma certa semelhança com „Em busca do tempo perdido“ — do que o romance „Nachtzug nach Lissabon“, publicado em Abril de 2006, cujo filme também vi.

      Curiosamente lembrei-me do Luís durante a leitura das reflexões de Simon Leyland sobre o passado. A sua poesia é até certo ponto uma introspecção da sua vida — às vezes com carácter filosófico e profundo. A carta que Warren Shawn escreveu ao seu sobrinho Simon, lembrou-me o Manifesto do seu avô.

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  2. Anonym2/02/2021

    Eu gostaria era de saber do peso das tuas palavras acerca do livro recentemente publicado.
    A sinopse que apresentas e as palavras que a antecedem, bem como a fotografia, não são representativas da tua opinão sobre...

    Um abraço matinal.
    (vamos ver se consigo contrariar a vontade do blogger que se recusa a deixar-me publicar comentários noutros espaços que não o meu e o de outras plataformas. )

    NÃO DEIXOU


    Janita.

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    1. 576 páginas de palavras filosóficas, poéticas, elegantes pesam nos meus olhos deslumbrados com a precisa introspecção da vida de Simon Leyland. Não tenho espaço para descrever a monumentalidade do último romance do filósofo suíço Peter Bieri.

      Desde que as „criancinhas“ andam na „escola via internet“ o sistema está a sucumbir. Vamos lá ver se as escolas reabrem no dia 14 de Fevereiro.

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  3. Sou tão analfabeta! :)
    .
    Beijos e uma excelente tarde!

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    1. Analfabeto era o avô de José Saramago — um homem mais sábio do que os literatos eminentes 📚

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  4. "Escrever não faz homens novos. (...) é como um despertar para si próprio, e nasce, então, um novo tempo..."
    Não, não estou poupado nas palavras. Só que, assim, fica tudo dito!

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    1. Pedro Vasco de Almeida Prado — poeta e personagem de ficção — é carne da tua carne, Rogério, é teu irmão.

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  5. Confirmei que a biblioteca ainda não tem este livro no formato digital. Quando tiver, vou requisitá-lo.
    Cheguei a ler o “Comboio Noturno para Lisboa”, mas não foi há muitos anos. Creio que foi através de um dos blogues que visito que tomei conhecimento deste livro. Devo ter anotado no meu bloco de apontamentos.

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    1. Penso que ainda não há tradução em português, mas em inglês.
      „O Comboio Nocturno para Lisboa“ foi aqui um best-seller.
      Vi o filme ao qual fiz aqui referência.

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