O escultor da moda Pierre Cardin (1922-2020)

Pierre Cardin nasceu na Itália, mas foi naturalizado francês e criado em Vichy. O gosto pela alfaiataria surgiu ainda durante a adolescência, ele aprendeu muito cedo a desenhar, cortar, costurar, encaixar e finalizar roupas. Na fase adulta, teve a oportunidade de trabalhar com Elsa Schiaparelli e foi chefe de alfaiataria da Dior até 1950, quando abriu as portas de seu próprio ateliê.
Pierre Cardin foi o primeiro e único estilista do mundo a fazer parte da Academia de Belas Artes de Paris, um dos primeiros designers europeus a ir ao Japão, ainda nos anos 50 e foi o único civil a vestir um uniforme usado por um astronauta da Apollo 13.

Nos anos 60, enquanto muitos fantasiavam sobre um futuro repleto de robôs e máquinas de teletransporte. O estilista Pierre Cardin incorporou esse futurismo em suas criações e se tornou um dos maiores representantes dessa estética, ao lado de Paco Rabanne e André Courrèges.

Ao longo carreira licenciou mais 800 produtos com seu nome, de jeans a latas de sardinha. Empreendedor, também investiu no mercado de gastronomia por meio do restaurante Maxim's, adquirido em 1981. 
Aos 97 anos, Pierre Cardin ainda desenhava roupas para o futuro, imaginando que, em 2069, todos nós caminhamos na lua ou em Marte e lá as pessoas vestem-se como a visionária coleção Cosmocorps, lançada em 1964, feita com vinil e outros tecidos tecnológicos para a época.
Eu, entusiasta da moda, conferi o trabalho do designer de forma cronológica na exposição: Fashion Futurist que foi inaugurada em 19 de Setembro de 2019, no Museum Kunstpalast, em Düsseldorf e narra a trajetória de Pierre Cardin. A mostra reuniu peças icónicas da história do designer que impulsionou o futurismo na moda.