E AO ANOITECER



e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão  
deixas viver sobre a pele uma criança de lume  
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
  a paciência o amor o abandono das palavras
  o silêncio  
e a difícil arte da melancolia

Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares 

Kommentare

  1. Um belo poema de um poeta que se foi embora cedo demais.

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    1. AL BERTO um mestre na ARTE DA MELANCOLIA — tal e qual como um poeta meu amigo.

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  2. Infelizmente partiu muito cedo!

    Abraço

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    1. Partiu relativamente cedo, mas já consagrado pelo sistema literário.

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  3. Lindíssimo de ler. Poema fascinante sem dúvida. Quem já não, olhando o céu, se sentou, por exemplo, sobre a solidão e silêncio, de um banco de jardim?
    Quem nunca se deixar "prender" pelas raios celestes da nostalgia e/ou melancolia que a noiite nos pode trazer, quando olhamos as estrelas e sentimos o fresco da aragem "beijando-nos" o rosto?

    Beijinho suave.

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    1. A criação poética de AL BERTO em que a vida e a obra se entrelaçavam.

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    2. „Em Sines, numa época de revolução, Al Berto dá corpo a uma geração em mudança. Al Berto cria um grupo de amigos e juntos transpiram juventude, excentricidade, sonhos de mudança, mas pouco tempo após a revolução, a cidade ainda não está preparada para tanta liberdade — liberdade para amar sem medo.“

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  4. Um fantástico - e melancólico - poema!

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    1. A criação poética de AL BERTO em que a vida e a obra se entrelaçavam.

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  5. Também era uma alma amargurada.

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    1. Não acredito que AL BERTO tenha sido uma alma amargurada.
      Era sim, um homem sofisticado, pragmático e determinado, que viveu uma história de amor à descarada.

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