TRÊS MULHERES | DACIA MARAINI


Após a morte de Alberto Moravia, em 1990, causou escândalo uma entrevista póstuma surgida no semanário L'Espresso, a ponto de ter havido quem sugerisse que se tratava de uma invenção. Nela, Moravia não poupa sequer as ex-mulheres e os amigos íntimos, como fora Pier Paolo Pasolini, de quem afirma ter sido «um decadente». Já Ignazio Silone «era mais um político do que um escritor» e Dacia Maraini, com quem viveu quase 20 anos, «não sabia pegar numa caneta».
Então, eu quis saber, se a escritora italiana sabia ou não pegar numa caneta. Entretanto, encontram-se dois romances da grande senhora da literatura italiana na minha estante.

TRÊS MULHERES, uma casa e muitos sonhos.
Gesuina ama o desejo, não o desejado. Maria ama François, o belo francês de Lille. François ama Maria e engravida Lori, a filha de Maria. Lori ama o cão Prometeus, presente de Natal de François, que é, afinal uma cadela.
Uma história de amor e desamor 💔

Kommentare

  1. E a propósito não de três mulheres mas de duas, lanço-lhe um desafio:
    Hans é um alemão que eu aprecio, mesmo muito. Inclusive um dos seus trabalhos faz parte das minhas maiores preferências. Deixou a Alemanha depois da sua segunda mulher ter fugido para Roma para escapar à perseguição por ser judia. Lydia, a sua primeira esposa e mãe do seu único filho, uma apoiante de Hitler, denunciara-o e à sua relação, obrigando à sua partida.
    Já antes, Lydia recusara-se a partilhar a guarda do filho com Hans. Hans quis defender-se mas devido ao clima político na época, teve de desistir. O filho deles era muito bonito, tinha o físico ariano ideal, era louro e alto, e por volta dos quinze anos foi aproveitado pela propaganda nazi, participando em filmes sobre a juventude hitleriana. Hans detestava esse género de filmes mas era a única forma de ver o filho, de o ver crescer.
    Depois disso Hans nunca mais viu o filho que morreu durante a segunda guerra mundial, com dezanove anos.
    Em 1941, ele e Hilde Jary chegaram aos Estados Unidos e juntaram-se à comunidade de emigrantes e refugiados aí existente, chegando a viver no mesmo bairro de Thomas Mann e de Alma Mahler. Lá, deu continuidade à sua obra e produziu os seus mais importantes trabalhos.
    Contudo, a sua relação com a sociedade americana em geral, era de amor/ódio, pois Hans e sua mulher, não aprovavam os excessos do estilo de vida americano. Em 1959 ele e a esposa deixaram os Estados Unidos e partiram para Lugano, na Suiça, em parte devido a problemas de saúde, mas a verdade é que Hans já estava farto dos Estados Unidos, país onde nunca se sentiu em casa.
    «Eu fui e, em grande parte, ainda sou, um solitário» disse Hans já na sua reforma.

    Sabe de quem falo?

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    1. Claro que sei!!!
      HANS DETLEV SIERCK nasceu em Hamburgo. Quando chegou a Hollywood mudou o nome para Douglas Sirk. Realizador de filmes dramáticos.

      Beijinho, Joaquim Ramos, agradecendo o desafio. EU AMO DESAFIOS!!!

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  2. Pensava eu que a história do Joaquim era ficção. É que, contada assim, é uma vida tristinha. Mas sempre lhe digo, Teresa, uma das palavras de que Rentes de Carvalho anda farto é desafio. Pelo menos é o que diz no post de hoje. O que não tem a ver.

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    1. Numa outra 'vertente', também estou a pensar lançar-lhe um 'desafio' no seu blog. Espero que aceite o 'challenge' :)

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    2. As palavras desafio e vertente não me incomodam. Talvez porque não as oiça muito. Mas, na sua realidade física, os desafios repelem-me mais do que atraem.

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    3. Mais do que o incomodo da palavra ou do desafio em si mesmo, aqui o relevo vai para a condição de um pai que para ver o filho, teve que recorrer aos filmes da propaganda nazi. Isso é que verdadeiramente me incomodou. Nem só de histórias de ficção de crítica social vivemos; esta foi bem real.

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  3. Romance?
    Nem pense!
    Quanto a mim
    isso dava
    era um um folhetim

    A culpa é da sua sinopse
    Talvez se ler mude de ideia
    pois que era amada
    de Morávia...

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    1. O Rogério já leu algum romance de DACIA MARAINI?!

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  4. Vou levar a sugestão!

    r: Mas, se quiseres, posso fazer-tos chegar ;)

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    1. És um amor de rapariga, Andreia 💙 mas o envio pelos correios é uma trabalheira dos diabos‼

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  5. Registo a sugestão.
    Boa semana

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    1. Embora François seja o causador da tragédia, é uma história que merece mais a atenção das leitoras, penso eu‼

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  6. Mais uma bela sugestão, para além do enredo, acredito estar uma escrita de qualidade que justifique a leitura...

    Beijinhos e até Dezembro,

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    1. Dacia Maraini soube pegar na caneta para escrever uma história forte numa linguagem simples e de grande qualidade‼

      Beijinho outonal 🍁 desejando-te umas férias maravilhosas‼

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  7. Estou com uma pilha de livros na secretária, fora os que coloquei em locais estratégicos para ir lendo.
    Por coincidência tenho entre mãos o próximo livro do Clube de Leitura que se chama Olga e é de Bernhard Schlink. Já vou na página 56 e ainda não estou grandemente entusiasmada.

    Abraço

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    1. Há tempos que tenho OLGA na estante e ainda não me apeteceu ler‼
      O LEITOR é, segundo a crítica alemã, o melhor romance de Bernhard Schlink. Eu gostei, realmente‼

      Continuação de boas leituras 📚

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  8. Também gostei de O Leitor, quer do livro quer do filme!

    Abraço

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    1. Gostei do filme devido à interpretação de David Kross‼

      Recebi The Reader de um amigo, que quer saber a minha opinião sobre a tradução inglesa. Ainda não tive tempo para o ler.

      Beijinho outonal 🍁 a cheirar a São Martinho‼

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