Noite de Luar
Foi como se o céu Beijasse a terra de mansinho, Que ela no vislumbre das flores Tivesse agora de sonhar com ele. A aragem atravessava os campos, As espigas ondulavam levemente, Baixinho sussurravam as florestas, Tão estrelada era a noite. E a minha alma se estendeu Ampliando as suas asas, Voou sobre os campos silenciosos, Como se voasse para casa. Mondnacht Es war, als hätt der Himmel Die Erde still geküßt, Daß sie im Blütenschimmer Von ihm nun träumen müßt. Die Luft ging durch die Felder, Die Ähren wogten sacht, Es rauschten leis die Wälder, So sternklar war die Nacht. Und meine Seele spannte Weit ihre Flügel aus, Flog durch die stillen Lande, Als flöge sie nach Haus.
E a propósito não de três mulheres mas de duas, lanço-lhe um desafio:
AntwortenLöschenHans é um alemão que eu aprecio, mesmo muito. Inclusive um dos seus trabalhos faz parte das minhas maiores preferências. Deixou a Alemanha depois da sua segunda mulher ter fugido para Roma para escapar à perseguição por ser judia. Lydia, a sua primeira esposa e mãe do seu único filho, uma apoiante de Hitler, denunciara-o e à sua relação, obrigando à sua partida.
Já antes, Lydia recusara-se a partilhar a guarda do filho com Hans. Hans quis defender-se mas devido ao clima político na época, teve de desistir. O filho deles era muito bonito, tinha o físico ariano ideal, era louro e alto, e por volta dos quinze anos foi aproveitado pela propaganda nazi, participando em filmes sobre a juventude hitleriana. Hans detestava esse género de filmes mas era a única forma de ver o filho, de o ver crescer.
Depois disso Hans nunca mais viu o filho que morreu durante a segunda guerra mundial, com dezanove anos.
Em 1941, ele e Hilde Jary chegaram aos Estados Unidos e juntaram-se à comunidade de emigrantes e refugiados aí existente, chegando a viver no mesmo bairro de Thomas Mann e de Alma Mahler. Lá, deu continuidade à sua obra e produziu os seus mais importantes trabalhos.
Contudo, a sua relação com a sociedade americana em geral, era de amor/ódio, pois Hans e sua mulher, não aprovavam os excessos do estilo de vida americano. Em 1959 ele e a esposa deixaram os Estados Unidos e partiram para Lugano, na Suiça, em parte devido a problemas de saúde, mas a verdade é que Hans já estava farto dos Estados Unidos, país onde nunca se sentiu em casa.
«Eu fui e, em grande parte, ainda sou, um solitário» disse Hans já na sua reforma.
Sabe de quem falo?
Claro que sei!!!
LöschenHANS DETLEV SIERCK nasceu em Hamburgo. Quando chegou a Hollywood mudou o nome para Douglas Sirk. Realizador de filmes dramáticos.
Beijinho, Joaquim Ramos, agradecendo o desafio. EU AMO DESAFIOS!!!
Pensava eu que a história do Joaquim era ficção. É que, contada assim, é uma vida tristinha. Mas sempre lhe digo, Teresa, uma das palavras de que Rentes de Carvalho anda farto é desafio. Pelo menos é o que diz no post de hoje. O que não tem a ver.
AntwortenLöschenNuma outra 'vertente', também estou a pensar lançar-lhe um 'desafio' no seu blog. Espero que aceite o 'challenge' :)
LöschenAs palavras desafio e vertente não me incomodam. Talvez porque não as oiça muito. Mas, na sua realidade física, os desafios repelem-me mais do que atraem.
LöschenMais do que o incomodo da palavra ou do desafio em si mesmo, aqui o relevo vai para a condição de um pai que para ver o filho, teve que recorrer aos filmes da propaganda nazi. Isso é que verdadeiramente me incomodou. Nem só de histórias de ficção de crítica social vivemos; esta foi bem real.
LöschenRomance?
AntwortenLöschenNem pense!
Quanto a mim
isso dava
era um um folhetim
A culpa é da sua sinopse
Talvez se ler mude de ideia
pois que era amada
de Morávia...
O Rogério já leu algum romance de DACIA MARAINI?!
LöschenVou levar a sugestão!
AntwortenLöschenr: Mas, se quiseres, posso fazer-tos chegar ;)
És um amor de rapariga, Andreia 💙 mas o envio pelos correios é uma trabalheira dos diabos‼
LöschenRegisto a sugestão.
AntwortenLöschenBoa semana
Embora François seja o causador da tragédia, é uma história que merece mais a atenção das leitoras, penso eu‼
LöschenMais uma bela sugestão, para além do enredo, acredito estar uma escrita de qualidade que justifique a leitura...
AntwortenLöschenBeijinhos e até Dezembro,
Dacia Maraini soube pegar na caneta para escrever uma história forte numa linguagem simples e de grande qualidade‼
LöschenBeijinho outonal 🍁 desejando-te umas férias maravilhosas‼
Estou com uma pilha de livros na secretária, fora os que coloquei em locais estratégicos para ir lendo.
AntwortenLöschenPor coincidência tenho entre mãos o próximo livro do Clube de Leitura que se chama Olga e é de Bernhard Schlink. Já vou na página 56 e ainda não estou grandemente entusiasmada.
Abraço
Há tempos que tenho OLGA na estante e ainda não me apeteceu ler‼
LöschenO LEITOR é, segundo a crítica alemã, o melhor romance de Bernhard Schlink. Eu gostei, realmente‼
Continuação de boas leituras 📚
Também gostei de O Leitor, quer do livro quer do filme!
AntwortenLöschenAbraço
Gostei do filme devido à interpretação de David Kross‼
LöschenRecebi The Reader de um amigo, que quer saber a minha opinião sobre a tradução inglesa. Ainda não tive tempo para o ler.
Beijinho outonal 🍁 a cheirar a São Martinho‼