ROBERT MAPPLETHORPE


Robert Mapplethorpe (Nova Iorque, 1946–1989, Boston) criou algumas das imagens mais icónicas, polémicas e surpreendentes da fotografia contemporânea. Robert Mapplethorpe: Pictures, exposição organizada em estreita colaboração com a Robert Mapplethorpe Foundation, reúne 159 obras de toda a sua carreira, desde as primeiras colagens e polaroides até às fotografias de flores, nus, retratos e imagens de cariz sexual que fizeram de Mapplethorpe um dos fotógrafos mais notáveis do século XX.

Antes de escolher a fotografia como meio, Mapplethorpe estudou pintura e escultura em Nova Iorque e foi influenciado pela arte de Joseph Cornell e Marcel Duchamp, mas também pela fotografia do século XIX de Julia Margaret Cameron e outros, de que se tornaria um ávido colecionador. As suas primeiras colagens, assemblagens e fotografias (estas inicialmente realizadas com uma câmara Polaroid) revelam o interesse crescente na sexualidade e na composição — ângulos retos, formas geométricas de luz — que viria a definir a sua obra matura. Trabalhando a partir de 1975 com uma câmara Hasselblad totalmente manual, cujo visor enquadrava o mundo num quadrado, Mapplethorpe começa a recorrer a exposições longas e composições metodicamente dispostas e ordenadas no seu estúdio para criar retratos, nus e naturezas-mortas, cujos equilíbrio, ordem e conteúdo redefiniram a fotografia como forma artística.

Mapplethorpe tratou todos os seus temas com igual atenção e precisão, desde órgãos sexuais ou arranjos de flores até aos retratos de amigos, amantes, celebridades e colaboradores, transformando a fotografia numa performance controlada entre o artista e o seu sujeito. Controverso e classicista, o interesse pioneiro de Mapplethorpe por sexo, género e raça reflete-se em imagens de corpos, prazer e desejo homossexuais e não heteronormativo e em fotografias suspensas na tensão — como acontece na totalidade da obra do artista — entre a intensidade emotiva e política dos seus conteúdos e a clareza da sua composição.  

Todas as obras de arte expostas são propriedade da Robert Mapplethorpe Foundation, Nova Iorque. 

ROBERT MAPPLETHORPE: PICTURES 
 de 20 SET 2018 a 06 JAN 2019

AVISO: A exposição "Robert Mapplethorpe: Pictures" tem imagens que podem ferir a sensibilidade de algumas pessoas.

João Ribas, director do Museu de Serralves, e Paula Fernandes, curadora, organizaram a exposição de Mapplethorpe com 179 trabalhos do fotógrafo americano.

Afinal a administração da Fundação composta por — Ana Pinho, Manuel Cavaleiro Brandão, Manuel Ferreira da Silva, Isabel Pires de Lima, Vera Pires Coelho, Carlos Moreira da Silva, António Pires de Lima e José Pacheco Pereira — não mandou retirar quaisquer obras da exposição. Todas as fotografias foram escolhidas exclusivamente pelo curador. As 20 obras não foram expostas por iniciativa do curador.

Comédia dos erros em Serralves 😈

Kommentare

  1. Oportuno esclarecimento
    afinal porque se demitiu o jumento?

    (julgo que M/16 era a classificação acertada)

    Ah, e se eu fosse curador
    nem uma obra retirava

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    1. Bom dia. Concordo com o que diz o Rogério G. V Pereira .
      Gostei de ler.

      Hoje » Um sonho de nada

      Bjos
      Votos de um Óptimo Domingo

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    2. É preciso que a instituição SERRALVES continue a ocupar o lugar que por mérito lhe pertenceu nos últimos anos, liberta de todos os jumentos.

      Saudações dominicais para a Larissa e o Rogério 😘

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  2. AVISO: A exposição "Robert Mapplethorpe: Pictures" tem imagens que podem ferir a sensibilidade de algumas pessoas.

    Aqui, voltamos ao ponto que gerou a polémica. Essas tais imagens chocantes são as de sexo que envolve sadomasoquismo. Mantenho a opinião dada no 'Conversa Avinagrada'...já o Rogério...não! Então?...

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    1. É perfeitamente adequada a existência de avisos a alertar as pessoas mais sensíveis, pessoas essas, que não são obrigadas a visitar a exposição. Cada um deverá ser livre de fazer as suas opções. Vi a exposição completa em DÜSSELDORF, mas como não sou nada sensível, ADOREI os trabalhos do fotógrafo americano.

      Beijocas não censuradas 😘

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    2. Percebeste bem o que escrevi, Teresa?
      Não me parece...desculpa lá.

      O aviso está muito bem, sim, as atrocidades expostas é que não deviam lá estar.
      De resto tudo o que aqui mostraste é arte, sim.
      Agora, chamar Arte a uma foto de um tipo a enfiar uma mangueira no anus, é ultrajar os artistas. Em Serralves, em Düsseldorf e em qualquer parte do mundo.

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    3. Claro que percebi MUITÍSSIMO bem o que tu escreveste, Janita!
      Conheço bem os trabalhos do fotógrafo americano, mesmo os mais perversos.

      A culpa do que se passa em Serralves não é do ROBERT MAPPLETHORPE. A culpa é de todos, mas quem perde é SERRALVES.

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  3. Adoro os desafios que a Arte
    proporciona.
    Bjins
    CatiahoAlc. do Blog Espelhando

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    1. Quem se interessa por arte e vai a uma exposição deste tipo, sabe que vai ser confrontado com trabalhos chocantes. Quem não aceita o desafio não precisa de pôr lá os pés.

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  4. Arte é uma área muito subjetiva, de facto. Uns gostam de determinadas obras de arte, outros detestam.
    Na semana passada ou na outra googlei o nome do fotógrafo. Vi dezenas de fotos. Com as suas fotografias fez declarações extremamente provocatórias e desafiadoras.
    Não é o meu tipo de arte, confesso. Imagens muito perturbadoras no que me diz respeito. Passo...

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