Mabel
"Uma ave de rapina não é um animal social como um cão ou um cavalo; não compreende a coerção nem os castigos. A única maneira de a domesticar é através do reforço com presentes de comida. Queremos que coma o alimento que seguramos — é o primeiro passo que lhe exigimos e que terminará com a colaboração mútua na caça. Mas o espaço entre o medo e o alimento é um fosso muito vasto, que temos de transpor juntos. Em tempos pensava que isto se consegue com uma paciência infinita. Mas não: é preciso mais do que isso. Temos de nos tornar invisíveis."
Helen Macdonald, in "A de Açor" (p. 82)
Ainda criança Helen Macdonald decidiu ser falcoeira.
O seu pai, um observador exímio e fotojornalista de profissão, apoiou-a nessa paixão invulgar, e ensinou-a a ter paciência e confiança.
A morte do pai — a pessoa de referência mais importante na sua vida — e as consequências emocionais dessa perda são a causa da sua decisão de adestrar um açor que deu o nome de Mabel.
"A de Açor", a história do adestramento de Mabel, lê-se quase como um thriller.
Suspense mágico.
Deve ser optimo!
AntwortenLöschenVou procurar, espero encontrar em português.
Obrigada. bjs
"A de Açor" — o melhor livro que li em 2015 — tocou-me profundamente, papoila, porque me ajudou a compreender as minhas emoções depois da morte do meu marido.
LöschenInteressante é também que a Helen Macdonald nos dá a conhecer parte da história da falcoaria inglesa que, pelas condições que a sua prática exigia (a posse das aves de rapina, a disponibilidade de tempo para o seu treino e ser-se proprietário de um local apto para esse mesmo treino), era a actividade de uma elite.
Editora: Lua de Papel
Preço: 14,85€
Mesmo sem tais leituras
AntwortenLöschentendemos para sermos invisíveis
nas urnas
No próximo domingo vou sair da invisibilidade,
Löschencamarada Rogério, e vou às urnas com muita seriedade, tendo a consciência de votar no melhor candidato.
Registo a sugestão e vou ver se encontro.
AntwortenLöschenO romance de Helen Macdonald "A de Açor" foi o vencedor do Prémio Samuel Johnson, não ficção, e o livro que mais gostei de ler em 2015.
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