A Vingança do Lobo


Ao ler a nota dos agradecimentos, fiquei a saber que a ideia de O jogo de Ripper resultou de uma ideia frustrada de escrever um policial a quatro mãos com o marido, Willie C. Gordon, o seu companheiro no amor e no crime. 
Confesso que os romances de Isabel Allende não me entusiasmam muito. Não gosto da mística das sagas e da aura espiritual das suas personagens, ou, mais precisamente, do seu realismo mágico.
Ripper é um jogo que envolve cinco adolescentes e Blake Jackson, avô de Amanda, reunidos via Skype, para desvendar enigmas criminais. A mestra do jogo é Amanda Martín, uma garota que vive em São Francisco, filha de Bob Martín, o inspector-chefe do Departamento de Homicídios da cidade, e de Indiana Jackson que trabalha na Clínica Holística.
O 18º romance de Isabel Allende não é realmente um policial, ou um thriller, embora tenha um toque de mistério e momentos de grande tensão perto do fim, quando Indiana — a personagem mais Allendesca — cai nas mãos do criminoso. 
É muito fácil de desvendar quem é o assassino como também é muito fácil de compreender o motivo dos seus crimes. Os perversos Ed Staton; Doris e Michael Constante; Richard Aston; Rachel Rosen; Sharon e Joe Farkas — Farkas é um apelido húngaro que significa lobo — eram verdadeiros vermes.
Isabel Allende cria uma certa confusão com as diversas identidades do criminoso, mas no fim acabou por se confirmar o que suspeitei desde as primeiras páginas. 
Uma boa leitura nas noites longas e frias de Inverno.

Kommentare

  1. Também não gosto muito de a ler. Gostei da Casa dos Espíritos pela novidade e não consegui ler mais nenhum livro dela.

    Que linda a imagem de frontespício do blog! Beijinhos

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    1. O meu primeiro contacto com o estilo de Isabel Allende remonta da leitura do bestseller "A Casa dos Espíritos". Em "O Jogo de Ripper" sabemos desde as primeiras páginas que este será um livro diferente.

      A imagem de frontespício do ematjoca azul é uma fotografia que tirei de um calendário de 2014.

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  2. Uma autora que me é algo indiferente, confesso

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    1. Em "O Jogo de Ripper", não falta a presença do misticismo que Isabel Allende sempre impute aos seus livros, mas este não é um livro espiritualista.

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  3. Já tinha lido este post há alguns dias e pensei logo em responder, uma vez que li o livro e não gostei. Sendo a razão principal que não faz sentido nenhum um polícia passar relatórios e autópsias policiais a um bando de jovens que supostamente resolvem crimes autênticos.

    Quanto aos restantes livros da autora, praticamente não tenho termos de comparação:gostei da "Casa dos Espíritos", mas os outros que li dela são autobiográficos...

    Abração e continuação de boas leituras (que aqui o importante é tu teres gostado)!

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    1. Um polícia que partilha pormenores das suas investigações com a filha é um dos factores irrealistas do enredo.

      Li com prazer "O Jogo de Ripper", especialmente perto do fim, quando Indiana — a personagem mais irritante — cai nas mãos do criminoso.

      A Escandinávia é que tem produzido uma quantidade enorme de literatura policial de alto nível.

      Beijocas sem toque de mistério!

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