Carta esquecida no tempo ♥


  Livre como um pássaro
 sinto-me feliz

Recebi carta tua
sempre o mesmo teatro

Quero ser livre 
Completamente livre
Não estar presa a elos invisíveis 

Nasci dum amor com documentos
padre e tudo como manda a lei

Afinal o que te deu a vida, Mãe?

Também eu te amo
Também eu tenho coração
  
Quando amamos alguém
queremos que esse alguém seja feliz
sou feliz na minha vida vagabunda

Amo a liberdade 
Mãe!
Não se prende com correntes a pessoa amada
Temos que a deixar livre:
livre como um pássaro

Kommentare


  1. Quando se ama não se é livre... pois o Amor cria elos de ligação entre as pessoas.
    O amor de mãe é bem disso exemplo! ♥

    Beijos livres em Ti. ♥

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    1. O meu acto de libertação foi abandonar Portugal e a minha mãe nunca me perdoou.

      Esta é uma carta que nunca lhe enviei, e que encontrei há dias dentro de um livro.

      Beijinhos de amizade para ti, Deusa do Amor! ♥

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  2. ~ Não é nada fácil sentir a dor de ver partir os filhos, mesmo sabendo que, depois de educados, é a melhor solução para que acabem de crescer, para que se tornem responsáveis e obtenham sucesso.

    ~ ~ ~ Mas uma boa mãe, é capaz de fazer os maiores sacrifícios pelos filhos. ~ ~ ~

    ~ ~ ~ ~ ~ Um excelente fim de semana. ~ ~ ~ ~ ~

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    1. Para a minha mãe foi uma dor mortal, uma vez que eu era filha única.

      Embora seja feliz na Alemanha, às vezes sinto remorsos e as saudades são muitas.

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  3. ~ Acabei de publicar o meu comentário e tomei conhecimento que a carta era tua.
    ~ Não quis,. de todo, ofender ninguém!
    ~ É muito difícil! Dói muito!

    ~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~

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    1. Não ofendeste ninguém, querida Majo.

      Encontrei esta carta, que nunca mandei, e publiquei-a no dia 25 de Abril, porque foi no dia em que a minha mãe faleceu, há precisamente oito anos.

      Bejinhos e um bom fim-de-semana! ♥

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    2. Não sintas remorsos, querida amiga, tenho a certeza que a tua mãe não quereria que os tivesses ou qualquer outra razão que te fizesse infeliz.
      Lamento muito o falecimento da tua mãe. A minha também partiu antecipadamente, devido a um acidente de automóvel.
      ~ ~ ~ Bjnhs.

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    3. Morremos um pouco quando perdemos um ente tão querido como a nossa mãe.

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  4. Só os poetas falam de elos invisíveis
    nós, os comuns, falamos de amarras, grilhetas, correntes...
    Foi disso que se libertou?

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    1. Poetisa não sou, camarada Rogério!

      A minha mãe nunca usou amarras, grilhetas, correntes para me prender, o método dela era súbtil, mas não menos violento.

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  5. Uma mãe é sempre feliz com a felicidade dos filhos.

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    1. A minha mãe nunca acreditou que a minha felicidade fosse a Alemanha.

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  6. Todos nós precisamos de ser felizes e os Pais têm de compreender isso e fazer com que isso aconteça aos filhos.
    Embora qualquer amor crie elos de ligação entre as pessoas e isso produza os seus efeitos menos positivos, acho que quem diz amar, mesmo que longe possa estar, tem de ser feliz, porque se não o for, o seu sentimento não é amor de certeza.

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    1. Ricardo, tu dizes aquilo que eu penso com outras palavras.

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  7. Os filhos não são nossos, querida amiga de longe! Um dia partem...no bom sentido...
    Não era por estares longe que a amavas menos.
    Tenho a certeza que a tua mãe acabou por te perdoar!

    Abraço

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    1. A minha mãe dizia muitas vezes que eu tinha herdado do meu pai a minha paixão pela Alemanha, mas perdoar, nunca me perdoou; embora ela tenha sido a pessoa que que mais amei na minha vida.

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  8. Uma carta que é um autêntico poema!

    Compreendo a tua Mãe, Teresa. Ver um filho - ainda por cima único - partir para tão longe, dói muito. Mas, é essa a lei da vida.

    Esteja ela onde estiver, sabendo-te feliz, saberá que fizeste a escolha certa.

    Um abraço.

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    1. Era uma carta inacabada, mas era uma carta.

      Desde o dia 25 de Abril de 2006 nem sei, se a minha escolha foi a certa.

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  9. Que linda carta! Que belo poema de amor e liberdade!
    E mais não digo. Porque não quero. porque não devo.

    Beijos de mãe. E de filha.

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    1. Um belo poema não é; é sim, um grito de amor e liberdade!

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