“Perdemos os sonhos ou são os sonhos que nos perdem?”, pergunta um dos filhos a uma das mães que ocupam as ruas de uma cidade à procura das raízes da história e das estórias da revolução, essa Primavera reencontrada e perdida, e de novo sonhada. Interrogação cravada no coração de
Ainda não é o fim, a nova criação do Teatro O Bando que convoca poemas e crónicas de
Manuel António Pina para visitar o Portugal contemporâneo, caminho que se faz caminhando entre a euforia e a resignação, a festa e o cansaço, a esperança e o derrotismo. Com encenação de
João Brites e música de Jorge Salgueiro, interpretada ao vivo pela Big Band Loureiros,
Ainda não é o fim não se deixa aprisionar numa forma estabilizada. É, a um tempo, um espetáculo de teatro, um concerto encenado, um arraial popular e libertário. Dito de outro modo: material de resistência e sobrevivência para memória presente, fiel ao espírito e à letra das palavras incandescentes e corrosivas de Manuel António Pina que o habitam.
Calma é apenas uma conversa
Por motivos imprevistos, não se realizará o encontro com Manuel António Pina e João Brites, inicialmente agendado para o dia 13 de outubro. Em sua substituição, os criativos e o elenco de Ainda não é o fim discutem informalmente com o público as linhas e as entrelinhas da adaptação e concretização cénica do espetáculo. A conversa terá lugar na próxima sexta-feira, dia 12 de outubro, por volta das 23:15, no Salão Nobre do Teatro Nacional São João.
Teatro Nacional São João (TNSJ) 11-14 Outubro 2012
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