Cemitério

Tudo, na vida, é cemitério...

Na sepultura das palavras,
Vivemos a enterrar
Vividos ou esboçados gestos.

E até, a própria canção
É tosca lájea
Lançada
Por sobre o mundo
Profundo
Da emoção.

Agostinho Gomes in
"Canas ao Vento e Canções do Mal-amado"
1ª edição — Abril de 2011

Kommentare

  1. Quinta-feira
    13 de Outubro de 2011
    9,30 horas

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  2. Coincidência ou não, o Nobel da Literatura foi para um poeta. Confesso a minha ignorância, mas nunca tinha ouvido falar dele.Também não sou muito fã de poesia em línguas que não domino...
    Estou a ver que anda bem acompanhada pelo Porto. E faz muito bem :-)))

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  3. Curiosamente, numa das poucas novelas brasileiras que acompanhei (O Bem Amado), o cemitério tinha uma papel central.
    Porque era a obra de regime que o Prefeito (Paulo Gracindo) queria inaugurar.
    Mas ninguém morria.
    Nem o "matador" Zeca Diabo (Lima Duarte) ajudou.

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  4. Olá Teresa
    Poema muito real.
    Também as farpas que às vezes atiramos a outrém, deveriam ficar enterradas nesse cemitério de palavras. É o nosso defeito. Esquecemos quão pequenos somos.

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  5. "Um poeta que, ao longo do tempo, por sortilégio da paisagem física e humana – ambas riquíssimas – se reencontra com o seu melhor momento criador de modo a que encontremos uma densidade lírica de invulgar mérito e de invulgar dimensão humana!"

    Diário de Notícias, Artes e Letras

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