A nossa identidade
Na verdade, é na nossa poesia que se encontra isso que os políticos
tão afanosamente buscam: a nossa identidade.
Não vale a pena procurá-la noutro sítio, excelentíssimos senhores, porque não a encontrareis em nenhum outro lugar. É nessas linhas exíguas que os sortilégios de Dom Dinis e Pero Meogo passam a Bernardim e Gil Vicente, Camões e Antero, Cesário e Pessanha, e chegam acrescentados, mesmo quando subvertidos, aos nossos dias;
é aí, digo-vo-lo eu, que descobrireis esse rosto prisioneiro da sua própria música, fitando enigmaticamente «o futuro do passado».
Só esse rosto é nosso. Não temos outro.
Eugénio de Andrade
tão afanosamente buscam: a nossa identidade.
Não vale a pena procurá-la noutro sítio, excelentíssimos senhores, porque não a encontrareis em nenhum outro lugar. É nessas linhas exíguas que os sortilégios de Dom Dinis e Pero Meogo passam a Bernardim e Gil Vicente, Camões e Antero, Cesário e Pessanha, e chegam acrescentados, mesmo quando subvertidos, aos nossos dias;
é aí, digo-vo-lo eu, que descobrireis esse rosto prisioneiro da sua própria música, fitando enigmaticamente «o futuro do passado».
Só esse rosto é nosso. Não temos outro.
Eugénio de Andrade
É isso mesmo e não só na poesia - onde já está inserida a nossa lingua - mas também a nossa história.
AntwortenLöschenE é com esse "rosto" que a Europa olha o mar...
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