James Joyce faleceu em Zurique há 70 anos. Está enterrado no Cemitério de Fluntern, naquela cidade, junto à sua mulher e ao seu filho Giorgio.

O romancista e poeta irlandês, James Augustine Aloysius Joyce, considerado um dos maiores autores do século XX, faleceu em Zurique, em 13 de Janeiro de 1941.
Embora James Joyce tenha vivido fora do seu país a maior parte da vida adulta, a sua obra reflecte bem as suas origens. Apesar de inúmeras dificuldades familiares, Joyce foi para Paris, em 1902, para estudar medicina. No ano seguinte, porém, voltou à Irlanda em virtude de doença grave de sua mãe.
Escreveu e exerceu a profissão de jornalista, deambulando depois um pouco pela Europa.
A publicação de Ulisses, romance que se desenrola num único dia, foi uma obra fundamental na história do modernismo da literatura de língua inglesa, sendo considerado como um dos melhores 100 livros do século.
O livro explora diversos aspectos da vida de Dublin, sobretudo a sua degradação e monotonia. Além disso, o livro é também um estudo minucioso sobre a cidade. Joyce costumava afirmar que «se Dublin fosse destruída por alguma catástrofe, poderia bem ser reconstruída tijolo a tijolo, usando como modelo a sua obra».
Começou cedo a padecer dos olhos, sendo operado por várias vezes na capital francesa. Na década de 30, a visão degradou-se ainda mais e passou a necessitar da ajuda de alguns jovens admiradores, entre eles Samuel Beckett, que escreviam o que ele ditava.
Com a erupção da Segunda Guerra Mundial, Joyce teve de deixar Paris e por fim voltou a Zurique, quase cego. No começo de 1941, morreria de úlcera duodenal perfurada e peritonite generalizada, durante uma operação cirúrgica.
A obra de Joyce foi objecto de estudos de quase todos os géneros, tendo tido influência em escritores tão diferentes como Samuel Beckett, Jorge Luís Borges, Salman Rushdie, William Burroughs e muitos outros.

Caso ainda não tenham lido nada do James Joyce, não vos aconselho a começar pelo Ulisses. Comecem sim, pelo volume de quinze contos Dublinenses/Gente de Dublin. O conto mais conhecido chama-se The Dead.