Dueto para Um de Tom Kempinski no Teatro Carlos Alberto do Porto de 8 a 24 de Outubro de 2010
Lidando com material de pendor melodramático, Tom Kempinski não cruza a fronteira de um sentimentalismo condescendente, propondo um braço-de-ferro entre um psiquiatra e uma paciente cujos protestos – mais do que as revelações – nos dão a medida exacta do seu sofrimento.
Esta é a primeira de um conjunto de peças sobre artistas e sobre o papel da arte na vida das pessoas, de autores mais ou menos desconhecidos, que o Ensemble pretende dar a conhecer ao público. O teatro a conjurar para o palco os músicos, os pintores, os poetas.
Estes textos reflectem sobre a criatividade e a inspiração, sobre as dúvidas e a persistência, sobre o envelhecimento, sobre os erros, os medos e as paixões… Sobre a vida! Afinal de contas, num mundo onde, ao que parece, o dinheiro é a medida para todas as coisas, porque continuamos a precisar de Pessoa ou de Shakespeare, de Picasso ou de Gershwin? Em Dueto para Um, Stephanie Abrahams não tem dúvidas: "É que Deus não existe, sabe, Dr. Feldmann, mas eu sei aonde foram buscar essa ideia: foram buscá-la à música. É uma espécie de céu. É não-terrena. Eleva-o para fora da vida em direcção a outro lugar".
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