A 31 de agosto de 1928, estreou em Berlim a "Ópera dos Três Vinténs", de Kurt Weill e Bert Brecht, uma adaptação da "Beggar's Opera" de John Gay

Kommentare

  1. Esta peça de teatro data de 1928, estreou em Berlim nessa mesma época e foi inspirada na “Ópera do Mendigo” de John Gay.
    É ambientada no Soho, bairro pouco aristocrático da Inglaterra, no século XIX. Como personagem masculino principal, apresenta Macheath, um marginal ladrão, um elegante anti-herói, cercado de mendigos, ladrões, prostitutas e vigaristas e que explora assaltos e prostituição. Conhecido popularmente como “Mac the Knife”, ”Mac Navalha”, é mulherengo e bígamo, pois embora casado com Lucy, filha de Tiger Brown, chefe de polícia, “casa” secretamente, num estábulo, com Polly, filha do seu colega de malandragem, Peachum, “Rei dos Mendigos”. Assim chamado por ser dono da casa de negócios “O Amigo do Mendigo”: uma loja para organizar e vestir mendigos e deficientes. Como comerciante, Peachum acoberta sua “gangue” que vive de pedir esmolas. Ele não aprova o casamento da filha com Mac, planeja a prisão do genro e quer que ele seja condenado à forca. Porém Tiger Brown não quer prendê-lo, pois servira o exército inglês na Índia com Mac, é seu amigo, além de receber propinas para fechar os olhos para infrações às leis cometidas pelo marginal. Acaba concordando em prender Mac, sob a ameaça de Peachum de que um bando de mendigos tiraria o brilho da festa da coroação da jovem rainha da Inglaterra, cuja segurança estava ao encargo de T. Brown. O policial procura avisar Mac sobre sua prisão iminente, para que ele fuja de Londres. Navalha, porém, não abre mão de sua tarde de quinta-feira no seu bordel preferido. É preso, em virtude da traição de Jenny, sua amante, e outras prostitutas que o delatam. Lucy, entretanto, ajuda Mac a fugir. Mas ele teima em voltar ao bordel. É recapturado e levam-no para ser executado. Já está no patíbulo, com a corda no pescoço, mas a pena é comutada, num “happy end” deliberadamente artificial: recebe perdão real, mas deve se afastar, viver numa casa de campo, que lhe é dada, com 10.000 libras por mês.
    A obra toda e especialmente esse final representam uma crítica à sociedade burguesa que permite a existência desse mundo marginalizado, contraventor e corrupto.

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  2. Já tinha percebido ser melómena
    Nunca pensei que fosse brechtiana
    Não há duvida
    Cada Teresa
    é uma surpresa

    Assino-me:

    Um gajo deveras surpreendido

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  3. A verdade e o azeite vêm sempre ao de cima; e, a verdade é, que eu sou 100% brechtiana, e tenho dúvidas de ser, de algum modo, melómena.

    Como o Rogério diz, e diz muito bem — cada Teresa é uma surpresa

    A amiga de longe ainda tem muitas surpresas na manga do casaco...

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