A 9 de Janeiro de 1908 nasceu em Paris Simone de Beauvoir. Para gerações de mulheres ela foi um símbolo e uma pioneira da emancipação feminina

Simone de Beauvoir nasceu em Paris em 1908, de família aristocrata e católica. Estudou em colégios religiosos e formou-se na Universidade Católica de Paris. Muito cedo, contudo, perdeu a fé: Deus tornou-se uma ideia abstracta no fundo do céu e um dia apaguei-a (...) tinha eu quinze anos. Desde sempre ligada ao ramo sartreano, do existencialismo, Simone de Beauvoir escreveu com exito todos os géneros literários: o ensaio; o romance; o teatro; o livro de viagens; as memórias; a narrativa. Obteve em 1954 o Prémio Goncout, com o romance "Os Mandarins". Pela coesão das suas ideias, pela lúcida coerência que sempre soube assumir perante a vida, pela qualidade da sua obra - Simone de Beauvoir é um dos mais importantes escritores franceses e europeus do século XX.






Kommentare

  1. por incrível que pareça, sei quem foi e o símbolo que representa, mas não conheço nada da sua obra... contradições da vida real

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  2. Bom Dia Teresa

    Acabo de me levantar e a lindas horas. Depois volto para falar de um dos símbolos da minha adolescência e da sua importância na subversão da escrita feminina.

    Beijinho
    Isabel

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  3. eu li só uma obra dessa autora e gostei muito. beijos, pedrita

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  4. Ler Simone de Beauvoir.
    Ler mais uma vez Simone de Beauvoir. Mesmo eu, que conheço
    bem a sua obra, descubro sempre algo de novo. Fico sempre fascinada pela clareza do seu pensamento e pela audácia das suas visoes nos ensaios políticos, sobretudo em "O outro sexo".

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  5. Em resposta à pergunta da Teresa,a uma certa altura, desde que vi um filme sobre a vida de Madame Curie, também queria ser como ela, passei a aprimorar os relatórios de física e química e tive a sorte de ter uma professora que estimulava o gosto por estas disciplinas e era licenciada em Farmácia. Até sonhava que ia ganhar o prémio nobel! Depois era Santa Teresa D'Ávila que eu admirava, pois ainda teve alguns dissabores com o modo inquisitório da Igreja, mas sempre soube impor o seu pensamento. Simone de Beauvoir era uma referência de rebeldia intuitiva para as questões do feminino num país de sacristia, onde o papel da mulher se circunscrevia ao da mulher recatada e resignada pelo seu destino. E cheguei a ter o devaneio de, um dia, poder jogar xadrez com um homem tão fascinante como Sartre, infelizmente encontrei um que não quis jogar xadrez nem o jogo do ganso!!! Já conhece a história do "barba ruiva". Mas a mola que me fez sonhar em vir a ser pintora foi a impressionista americana Mary Cassatt. Uma professora de inglês, chamada Clara, muito novinha e de cabelo curtinho, que nos cantava nas aulas as canções tradicionais inglesas, oferecia-nos postais ilustrados. A mim sempre me oferecia reproduções de pinturas de Mary Cassatt e marcou o meu destino.

    Por isso quer a pintura, quer a cultura americana tropeçaram no meu caminho, sem que eu procurasse. Quando fiz a pós-graduação em dinâmicas de bens culturais, em história de arte, encontrei esquecido num banco um texto sobre a fotografia na vida de Virginia Woolf, fiquei seduzida pela literatura anglo-americana. Estas coincidências têm vindo até mim, como se estivessem à minha espera e sempre através das mãos de mulheres.

    Até logo,
    Isabel

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  6. Pois cá volto para terminar o meu pensamento, relativamente à escrita no feminino, e à natureza sexuada do texto. Acusam muitas vezes Simone de Beauvoir, assim como já o ouvi relativamente a Helena Vieira da Silva, de secura. Quanto à pintora francesa, ou portuguesa, como se queira, a sua secura é comparada à doçura do seu marido, igualmente pintor. E é precisamente aqui que a obra de uma mulher tem de ter, obrigatoriamente, o reflexo de um corpo, o corpo feminino, a doçura e sensualidade das suas formas, a contínua imagem de musa, mãe, mulher que desfia a sua roca em dedos de fada:

    Não contes do meu
    vestido
    que tiro pela cabeça
    nem que corro os
    cortinados
    para uma sombra mais espessa

    Deixa que feche o
    anel
    em redor do teu pescoço
    com as minhas longas
    pernas
    e a sombra do meu poço

    não contes do meu
    novelo
    nem da roca de fiar

    nem o que faço
    com eles
    a fim de te ouvir gritar
    (Maria Teresa Horta,"Segredo")

    A desconstrução deste mito pelas feministas nunca foi aceite pelo poder patriarcal, nem pelas instituições. Só ao homem foi concedido o raciocínio abstracto.
    Simone de Beauvoir veio deslegitimar toda esta construção artificial e devolver à mulher o seu corpo, destruindo a imagem do corpo feminino mistificado pelo homem.

    Beijinho
    Isabel

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  7. Sou uma Teresa Hoffbauer!

    E não é que tendo eu dito me vir parar acasos por mãos de mulheres, graças a esta publicação interessei-me pelo amigo de Simone de Beauvoir, Nelson Algren? Descubro que um álbum de Leonard Cohen foi inspirado por este escritor americano, pois penso que talvez tenha encontrado um autor para o meu doutoramento, só falta encontrar um tema, mas isso virá com o tempo.

    Beijinhos e até amanhã
    Isabel

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  8. Nunca li nada dela. Uma falha minha, com certeza!

    Não consegui ver os vídeos. O Youtube tem dias assim, em que "acorda com os pés de fora"...

    Saudações! (Eh, eh, eh, dizem que é possível que neve esta noite em Lisboa e até no Algarve. É ver para crer, que o céu está bastante límpido... Inveja, é o que é!) :)

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