Um dos grandes intelectuais do século XX completa hoje 100 anos!
Claude Lévi-Strauss nasceu em Bruxelas a 28 de novembro de 1908. É um antropólogo, professor e filósofo francês, considerado o fundador da Antropologia Estruturalista, em meados da década de 1950. Iniciou os seus estudos em Direito e Filosofia na Sorbonne. Não completou os estudos em Direito, conseguindo a licenciatura em Filosofia. Durante este período, Lévi-Strauss conduziu seu primeiro trabalho etnográfico.
O "Artista Maldito" escreveu o seguinte texto, que refecte o pensamento do filósofo Lévi-Strauss:
"À semelhança das comunidades primitivas que, através da acção mágica sobre as coisa do mundo concreto, tentavam dominar o mundo, a nossa sociedade parece ter um novo encantamento pelos meios tecnológicos, na sua possibilidade de anulação do tempo, constituindo-se uma via empírica de conhecimento, agregando, simultaneamente, mundos criados, virtuais e de ficção. Tecnologia, Ciência, Arte e Religião não se situam em campos idênticos, mas é na Ciência e na Arte que sempre residiram as teorias do conhecimento, aliás Pintura significa Teoria. Entre ambas, a Filosofia ocupa o espaço imprescindível ao acto de pensar, ao acto de ligação entre princípio e fim, na tentativa de assimilar o todo e no qual se inserem todos os mundos possíveis e impossíveis.
Das formas ocultas de poder, ligadas à comunhão com a natureza, vimo-nos passar, repentinamente, para novas formas de conhecimento
tecnológico.
Reduzir o mundo a uma "coisa" que em si é apenas coisa, destituída de qualquer essência, parece ser já uma indicação de um futuro mergulhado na alienação do mundo natural.
Cabe ao futuro redesenhar caminhos pelos quais o ser humano se possa reconciliar consigo próprio e com a sua história, oferecendo oportunidades de saída para o que Lévi-Strauss aponta, quando diz já não se identificar com esta globalização um pouco confusa e completamente afastada do natural.
Que o absurdo e a imaginação voltem a ser os motores do saber pensar o mundo, restituindo ao ser humano a possibilidade de voltar a ser o "selvagem" na sua integração natural com o meio-ambiente, já que de civilização será muito difícil voltar a falar. Realmente vivemos num mundo estruturalmente
(des)hierarquizado, mas é precisamente na antropologia que ainda se pode reflectir sobre as meta-linguagens das mais variadas culturas. Por isso Lévi-Strauss é de enorme importância nas humanidades, assim como nas Ciências, já que a Ecologia passou a ser uma preocupação das populações."
O "Artista Maldito" escreveu o seguinte texto, que refecte o pensamento do filósofo Lévi-Strauss:
"À semelhança das comunidades primitivas que, através da acção mágica sobre as coisa do mundo concreto, tentavam dominar o mundo, a nossa sociedade parece ter um novo encantamento pelos meios tecnológicos, na sua possibilidade de anulação do tempo, constituindo-se uma via empírica de conhecimento, agregando, simultaneamente, mundos criados, virtuais e de ficção. Tecnologia, Ciência, Arte e Religião não se situam em campos idênticos, mas é na Ciência e na Arte que sempre residiram as teorias do conhecimento, aliás Pintura significa Teoria. Entre ambas, a Filosofia ocupa o espaço imprescindível ao acto de pensar, ao acto de ligação entre princípio e fim, na tentativa de assimilar o todo e no qual se inserem todos os mundos possíveis e impossíveis.
Das formas ocultas de poder, ligadas à comunhão com a natureza, vimo-nos passar, repentinamente, para novas formas de conhecimento
tecnológico.
Reduzir o mundo a uma "coisa" que em si é apenas coisa, destituída de qualquer essência, parece ser já uma indicação de um futuro mergulhado na alienação do mundo natural.
Cabe ao futuro redesenhar caminhos pelos quais o ser humano se possa reconciliar consigo próprio e com a sua história, oferecendo oportunidades de saída para o que Lévi-Strauss aponta, quando diz já não se identificar com esta globalização um pouco confusa e completamente afastada do natural.
Que o absurdo e a imaginação voltem a ser os motores do saber pensar o mundo, restituindo ao ser humano a possibilidade de voltar a ser o "selvagem" na sua integração natural com o meio-ambiente, já que de civilização será muito difícil voltar a falar. Realmente vivemos num mundo estruturalmente
(des)hierarquizado, mas é precisamente na antropologia que ainda se pode reflectir sobre as meta-linguagens das mais variadas culturas. Por isso Lévi-Strauss é de enorme importância nas humanidades, assim como nas Ciências, já que a Ecologia passou a ser uma preocupação das populações."
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