Sebastião de Portugal
D. Sebastião, rei de Portugal - pintura a óleo atribuída a Cristóvão de Morais, patente no Museu Nacional de Arte Antiga - (tirada da wikipédia). A representação do rei vestido com armadura e acompanhado por um galgo retomam simbolicamente a imagética imperial do seu bisavô D. Manuel e do seu avô Carlos V da Alemanha.
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa, "D. Sebastião de Portugal", in Mensagem
É sempre uma alegria voltar a ler aqui neste espaço.
AntwortenLöschenAbraços e sorrisos tribais :)
Este Fernando Pessoa tinha de facto talento.
AntwortenLöschenEu como estudante que fui da sua obra poetica so consigo admira-lo.
Rita
Um dos poemas da "Mensagem"... São todos tão conseguidos que nem sei de qual gosto mais.
AntwortenLöschenOlá Teresa :D
AntwortenLöschenha quanto tempo...!
este é o meu poema preferido da 'Mensagem', pelos ultimos três versos... Talvez porque eu espero nunca vir a sentir-m um cadáver adiado, mas sim um ser vivo que concretiza o mais que pode...
Mil beijinhos!
>Mariana Silva