Eu sou o Rei Ninguém carrego a minha terra-de-ninguém no bolso
Com passaporte estrangeiro viajo
de mar em mar
Água dos teus olhos
azuis pretos
os incolores
Meu pseudónimo
Ninguém
é legítimo
Ninguém desconfia
que eu seja rei
e carregue no bolso
a minha terra desterrada
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Niemand
Ich bin König Niemand
trage trage mein Niemandsland
in der Tasche
Mit Fremdenpass reise ich
von Meer zu Meer
Wasser deine blauen
deine schwarzen Augen
die farblosen
Mein Pseudonym
Niemand
ist legitim
Niemand argwöhnt
dass ich ein König bin
und in der Tasche trage
mein heimatloses Land
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Rose Ausländer nasceu em 1901, em Czernowitz, capital da Bucovina, então integrante do Império Austro-Húngaro, falecendo, aos 88 anos, em Düsseldorf.
A sua história foi marcada pela experiência do holocausto, por sucessivos exílios e pela perda definitiva da pátria — Czernowitz e a parte norte da Bucovina foram incorporadas à União Soviética em 1946. |
Minha querida Teresinhamiga
AntwortenLöschenUm poema belíssimo duma poeta que conheço nascida numa terra que também conheço cuja língua - que como sabes também é nóvi-latina - entendo e da qual ainda consigo dizer umas palavras e umas frases (por exemplo multumesc frumos = muito obrigado; eu vraum o reche bere= eu quero uma cerveja fresca...). Fui diversas vezes à Roménia, uma das quais para entrevistar o "democratíssimo" Niculae Ceausecu e outra para relatar o terramoto (cutremor) de 1971.
Kleine Käse
Henrique, o Leãozão
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Novo artigo na Nossa Travessa intitulado Do smartfone à sogra
Que triste história que o poema tão bem transmite...
AntwortenLöschenO que se aprende aqui, Teresa! Obrigada.
Beijinhos
Comove, a tristeza larga que a porosidade do poema deixa ver.
AntwortenLöschenBFS
Se perguntarem quem sou
AntwortenLöschendirei
que tenho por irmão
aquele a quem
alcunharam ninguém