Canção de graças
Estou-te grata por não me protegeres
por não te ter quando de ti preciso
por não seres firmamento para a Ursa Menor
nem bengala e bastão para me defenderes.
Por cada pontapé te estou agradecida
que me faz avançar para mim
no meu caminho. Tenho que o andar só.
Estou-te grata. Facilitas-me a vida.
Estou-te grata pela tua cara linda
que para mim é tudo e nada mais.
E também por não ter que agradecer-te
senão este poema e alguns outros ainda.
Ulla Hahn In "A sede entre os limites", Relógio d'água, Lisboa, 1992, p 61.
por não seres firmamento para a Ursa Menor
nem bengala e bastão para me defenderes.
Por cada pontapé te estou agradecida
que me faz avançar para mim
no meu caminho. Tenho que o andar só.
Estou-te grata. Facilitas-me a vida.
Estou-te grata pela tua cara linda
que para mim é tudo e nada mais.
E também por não ter que agradecer-te
senão este poema e alguns outros ainda.
Ulla Hahn In "A sede entre os limites", Relógio d'água, Lisboa, 1992, p 61.
Teresa!?
AntwortenLöschenQue é isto?
Um apelo à manifestação
ou uma confissão
de rendição?
(percebo a ironia,
da inspirada poesia
só que nem sempre funciona...)
Embora eu não seja a autora da "Canção de graças", retrata absolutamente como o meu coração funciona no início de um Março frio e triste.
LöschenÉ verdade que os golpes deixam marca e criam involuntárias imunidades. Mas nenhum pontapé é benvindo. E as imunidades mais não são que reacções orgânicas à constância do sofrimento. Ora os organismos tendem naturalmente a evitar sofrer. E ainda bem que assim é.
AntwortenLöschenDesejo que a Teresa encontre em Março os motivos de alegria que faltam:).
A nuvem que escurece o meu coração é passageira. E assim a minha vida bela e serena voltará com a chegada da Primavera.
LöschenBoa semana, Teresa.
AntwortenLöschenA semana iniciou primaveril 🌹
LöschenTambém lhe desejo uma semana borbulhante, Pedro.