Mataram a Cotovia


"Passados os anos suficientes para que os pudéssemos reviver com algum distanciamento, falávamos de quando em vez dos acontecimentos que tinham dado origem ao acidente. Eu continuo a achar que foram os Ewells que começaram tudo, mas o Jem, que era quatro anos mais velho do que eu, disse que tudo começou muito tempo antes. De facto, disse que tudo começara naquele verão em que o Dill apareceu por estas bandas, da primeira vez que ele sugeriu que tentássemos obrigar o Boo Radley a sair de casa. Aí eu disse-lhe que, se quiséssemos ter uma visão mais alargada da questão, então teríamos de recuar até à época do presidente Andrew Jackson. Se o general Jackson não tivesse decidido expulsar a tribo Creek dos seus territórios rio acima, o Simon Finch jamais teria vindo parar ao Alabama. E então, onde é que nós estaríamos neste momento? Como já éramos demasiado crescidos para recorrermos aos punhos para resolver uma discussão, decidimos consultar o Atticus. E o nosso pai disse que ambos tínhamos razão."

Para o 60º encontro do Círculo Literário em Düsseldorf, escolhemos o clássico da escritora norte-americana Harper Lee: To Kill a Mockingbird // Por Favor, Não Matem a Cotovia.
É um romance que agrada a gregos e a troianos, daí ser um encontro sem controvérsias.
Opiniamos ainda sobre "Vai e Põe uma Sentinela"
Mataram a cotovia O livro de Harper Lee, publicado 50 anos depois, não foge ao argumento do seu anterior romance e apropria-se de algumas personagens de Mataram a Cotovia, mas situa-se noutro tempo histórico, o da década de 50 em vez do da Depressão.
A maioria dos membros do Círculo Literário não acredita que o novo romance seja da pena da autora. Foi mera jogada comercial, para sacar dinheiro fácil aproveitando a fragilidade da escritora, doente e já muito idosa?

"A Peregrinação do Rapaz Sem Cor" de um dos escritores japoneses contemporâneos​ mais divulgados em todo o mundo, Haruki Marakami, foi o romance escolhido para o próximo encontro do Círculo Literário em Duisburg no dia 7 de Julho de 2017.

Kommentare

  1. Muito forte esse livro "Não matem a cotovia"! Li há pouco tempo. Diferente e muito bom!

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    1. É realmente um grande clássico, Graça. Uma história incrível contra o racismo e o preconceito, uma história mais actual do que à primeira vista parece.

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  2. Também gostei bastante de Não matem a cotovia. O autor japonês já me agrada menos, mas só li dois livros dele.

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    1. Haruki Murakami tem a mestria de conseguir apelar a diferentes tipos de leitores, apesar de uma narrativa bastante genérica, quase ao estilo americano.

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  3. Ainda não li.
    Está em lista de espera.
    Boa semana

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    1. Um clássico do qual já foram vendidos mais de 30 milhões de exemplares em todo o mundo. Em 1999, foi eleito o Melhor Romance do Século pelo Library Journal.

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  4. Adorei o livro quando o li e o filme também com o Gregory Peck

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    1. No filme de 1962, Robert Mulligan retratou um ambiente de injustiça social no sul norte-americano, com o papel principal a ser protagonizado por Gregory Peck, como Atticus Finch.

      Também já leu o segundo e último romance de Harper Lee, Gábi?
      Afinal foi o primeiro que ela escreveu, caso não seja mera jogada comercial.

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