Oans, zwoa, ozapft is!


 Hoje tem início em Munique a tradicional Festa de Outubro, a festa da cerveja mais popular do mundo e que se realiza anualmente na capital da Baviera. 
A festa só começa quando o primeiro barril de cerveja é aberto. Tradicionalmente, o Presidente da Câmara de Munique acerta a torneira do barril com um martelo e lança o grito „O’zapft is!“, ou seja, „O barril está aberto!“
Neste ano, no entanto, o medo do terrorismo está deixando as suas marcas: mesas que haviam sido reservadas nos pavilhões estão sendo canceladas, e hotéis estão registrando um número menor de reservas. 
Pela primeira vez, os visitantes não poderão levar consigo mochilas ou bolsas grandes e terão de passar por controles de segurança. Também pela primeira vez, toda a área da festa será cercada. Os recentes atentados na Baviera forçaram a adopção de tais medidas. 
Que seja uma festa maravilhosa e tranquila.

Kommentare

  1. Querida Teresinhamiga

    Na primeira vez que fui à Oktoberfest (pelos anos 80) após a terceira caneca de cerveja já toda a malta alemã da mesa - e éramos muitos... - sabia que eu era português nascido em Lisboa, jornalista, três vezes na Alemanha e que gostava do Bayern. Num alemão desalinhado, desgovernado, engalfinhado etc. mas... pelos vistos compreensível...

    A Raquel, envergonhada, ao meu lado tentava desesperadamente calar-me, mas eu continuava. Todos os germanos, digo, germânicos, perdidos de riso, faziam-me perguntas e eu respondia no mais arranhado alemão que tentara aprender no Deutsche sprachlehre für Ausländer.

    A nossa intérprete, viúva de um embaixador que tinha sido conde, Erika von Mentzingen, começou por sorrir e acabou às gargalhadas como os outros. Tinha ido comprar lá fora umas "coisas" para acompanhar as Biere: Würstchen; Leberkäse, Eiseben Schweinshaxe de braço dado com muitos Brezel. Imaginem como saí depois de mais três canecas.

    Mas não sabia a provação que me esperava. No programa da visita estava contemplada uma ida ao Nationaltheater München para ouvir a "Tristan und Isolde" de Wagner. Lá fomos os três: a Raquel, a Erika e eu próprio; as duas tentaram acordar-me pois eu ressonava como se fosse um furacão... A minha mulher à cotovelada, a querida Erika (bela Senhora nos seus 72 anos e com um português espantoso) aos pequenos abanões. Debalde. Foi uma vergonhaça...

    Para finalizar o dia (e a noite) fomos tomar uns cafés e umas águas minerais (para mim brindada a socapa com um alte Brandy para rebater...) Imagina que estava lá: o Jorge Listopad, colaborador de teatro do DN com um grupo de amigos. Dei-lhe um abraço cambaleante. Juntaram-se a nós...

    Quando chegámos ao Hotel Seibel sonhava dormir o novo dia inteirinho. Mas... o beatífico programa fez-me acordar às oito da manhã!...

    Nas outras duas idas à Oktoberfest - nada a registar...

    (Desculpa-me o espaço que ocupei e o tempo que te roubei...)

    kleine Käse

    Leãozão

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    1. ADOREI ler as tuas aventuras, Henrique, na primeira vez que foste à Oktoberfest (pelos anos 80).
      O alemão dos bávaros é também desalinhado, desgovernado, engalfinhado... incompreensível.

      Lamento que tenhas adormecido e ressonado durante a apresentação de uma das óperas mais emblemáticas de Richard Wagner. Se fosses meu marido pedia o divórcio logo para o outro dia.

      Grüß Gott

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  2. Por acaso vi na televisão a abertura da primeira pipa! Também mencionaram que nos últimos 200 anos nunca tinham implementado medidas de segurança como o estão a fazer este ano. Adoraria participar num festival desses. Esta tarde vou ao festival (de rua) ucraniano. Começou na sexta-feira e termina hoje. Escolherei “varenyky”, mais conhecido por “pierogis”, para petiscar. Prefiro os de batata com queijo. : )

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    1. Este ano não vi na televisão o presidente de Munique, Dieter Reiter, abrir neste sábado (17/09), pontualmente às 12h, o primeiro barril de cerveja, dando oficialmente início à 183ª edição da Oktoberfest. Como em todos os anos, o político do Partido Social Democrata repetiu a expressão O'zapft is — algo como "está aberto", em dialeto bávaro.

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  3. Aquando da minha breve, mas gloriosa, estadia em Munique, o Hotel onde ficámos hospedados situava-se relativamente perto do espaço onde se realizava a Oktoberfest, por várias vezes lá passámos a apreciar os preparativos para a grande festa da cerveja.
    Só lamentei, e muito, não termos lá ficado para assistir.

    Acho bem que tenham sido tomadas medidas de segurança, Teresa. Nos tempos que correm, e depois dos atentados, todo o cuidado é pouco.

    Beijos e boa semana! :)

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    1. Todos os cuidados são poucos, Janita, 600 policiais garantem a segurança da maior festa mundial da cerveja, cem a mais do que no ano anterior. A cidade de Munique contratou 450 guardas civis adicionais, ou 200 a mais, que custarão 3,6 milhões de euros. Há ainda 29 câmeras de vídeo para vigiar a movimentação.

      Nunca visitei a Oktoberfest, embora conheça bem Munique e, uma das minhas cunhadas esteja casada com um bávaro e more perto da capital da Baviera.

      Boa semana com ou sem cerveja.

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  4. É uma pena mas os tempos mudaram e todo o cuidado é pouco.
    Que tudo corra bem e seja uma festa feliz!
    bjs

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    1. Chuva e forte segurança marcam primeiro dia da Oktoberfest 2016.

      Grüß Gott, papoila!

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  5. Eu sei que a mais famosa Festa da Cerveja é a de Munique ! Nunca lá fui, mas sim, já estive na de Colónia por volta dos anos 70/80. (?)
    Ia lá com frequência a Feiras de Máquinas (quer em Düsseldorf, quer em Colónia).
    Não me considero um grande apreciador de cerveja, mas espantou-me a enorme variedade de tipos e concluí que aí na Alemanha "qualquer família produz cervejas, tal como aqui qualquer um que tenho um quintal, produz o seu próprio vinho !
    Impressionou-me também o "valor" que os alemães (mulheres e homens) dão à cerveja ! :))
    Nessa altura, aqui, impensável ver uma mulher com uma caneca de cerveja na mão, enquanto que aí era generalizado ! rsrs

    Beijo ! :)

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    1. A Oktoberfest em Colónia é uma imitação grosseira da Oktoberfest da capital da Baviera.

      O título de "país das cervejas" foi conquistado em virtude das mais de 1200 cervejarias activas na produção de mais de 5 mil marcas. Contando as bebidas não-alcoólicas, a cerveja é a terceira bebida mais consumida, depois de água e de café.

      Em Düsseldorf, que tem a fama do maior balcão do mundo, bebe-se a Alt, que é mais escura e tem um frescor mais amargo, que é servida em copos de 0,2 litro — que é a minha preferida.

      Grüß Gott, Rui!

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  6. Festa da Cerveja, Oktoberfest que tem uma extensão anual no MGM Macau.
    É já daqui a dias.
    Boa semana

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    1. Neste fim de semana, festejamos em Düsseldorf pela 6ª vez, o Festival da Lua também conhecido como o Festival da Lanterna, em parceria com a cidade irmã Chongqing, localizada numa região com muitas colinas. Por isso, é de umas cidades chinesas com menor número de bicicletas por habitante.

      Saudações da amiga de longe...

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